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Apresentação da candidatura autárquica com Francisco Louçã |
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13-Jul-2009 |
No passado dia 10 de Julho, em pleno Centro Histórico de Viseu, realizou-se um comício de apresentação das Candidaturas Autárquicas de Viseu.
O professor da ESEV e Artista Plástico Luís Calheiros, mandatário da candidatura autárquica, abriu a sessão apresentando a candidata à Câmara Municipal (C.M) Maria da Graça Pinto, actual Deputada Municipal de Viseu e demonstrou o agrado com que aceitou entrar neste projecto de alternativa para Viseu. A candidata à C.M. apresentou os primeiros nomes das listas:
Câmara Municipal:
- Maria da Graça Pinto, professora, deputada Municipal, membro da Coordenadora, Secretariado Distrital e Mesa Nacional do B.E.
- José Marques Castanheira, médico pediatra, chefe dos serviços de pediatria do Hospital S. Teotónio (independente)
- Isabel Maria Botelho, professora, activista do movimento associativo de Pais e Encarregados de Educação (independente)
- Henrique Pereira, Engenheiro, activista Movimento pelo Sim (independente)
- Joel Campos, trabalhador estudante, membro da Associação Cultural Girassol Azul
Assembleia Municipal:
- Carlos Vieira e Castro, comerciante, dirigente da Associação “Olho
Vivo” e membro da Coordenadora e Secretariado Distrital do B.E.
- Daniel Veríssimo Nikola, projeccionista, licenciado em comunicação social
- Manuela Antunes (Né), professora, sindicalista, presidente da Comissão de Protecção de Menores do Concelho de Viseu
- Carla Albuquerque Mendes, advogada, membro da Coordenadora, Secretariado Distrital e Mesa Nacional do B.E.
- Carlos Alberto Matias do Couto, Ex Dirigente Associativo Estudantil, membro da Coordenadora e Secretariado Distrital de Viseu
A Deputada Municipal disse ainda para todos os que tentam denegrir a
candidatura “ afirmando que oferecemos mais do mesmo” (referindo-se a
eleições anteriores), “ Têm razão” ,”somos mais e melhor da mesma
determinação em bater-nos pela colocação das pessoas no centro da
política…”
Apontou também pontos do programa, que ainda em construção e aberto ao
contributo de todos e todas, priorizará a intervenção em cinco áreas:
Ordenamento e Ambiente Urbano
Revitalização do Centro Histórico através da atracção dos jovens e estudantes universitários, adaptando habitações a residenciais com alugueres convidativos, maiores incentivos de IMI e IMT para quem reabilite focos habitacionais e fechar o perímetro urbano para parar a expansão desmesurada do interesse do betão (Viseu tem cerca de 4000 focos construídos sem aluguer nem compradores).
Aproveitar as águas pluviais para rega de canteiros, criar zonas florestais de utilidade pública para amenizar as temperaturas, aumentando assim o pulmão de Viseu.
Intervenção Económica e Social
Criação de incentivos nos impostos para empresas que criem postos de trabalho estáveis e com direitos. Criação de um gabinete de acompanhamento de situações de maior promova uma intervenção integrada de diversas entidades, nomeadamente Autarquia, Segurança Social e IPSSs
Mobilidade
Por cobro ao transito caótico na cidade, privilegiando meios de transporte colectivos com horários reais, com ligação a várias populações que ainda não tem acesso, com horários de fim-de-semana alargados e preços com tendência para o gratuito.
Alargamento das vias pedonais e mistas com prioridade aos peões principalmente na malha urbana.
Ligação da cidade à rede ferroviária através dos STUV, como medida imediata para solucionar a falta de ligação ferroviária.
Participação Cidadã
Defender o rigor, a transparência e a permanente informação dos cidadãos e cidadãs sobre a actividade municipal.
Mecanismos que promovam a participação cidadã como o Orçamento Participativo, o efectivo exercício do direito de petição, o recurso ao referendo local em questões decisivas para o futuro do concelho.
Criação de condições de igualdade e participação cidadã de todas as pessoas de grupos descriminados, os imigrantes e membros de grupos éticos minoritários.
Desenvolvimento Equilibrado e Sustentado de todo o Concelho
Para esbater as assimetrias impõe-se uma política orçamental mais transparente, com a atribuição descriminada de dotações às freguesias em sede de orçamento que responda ás necessidades das populações e aos projectos de desenvolvimento dos autarcas com base na auscultação das populações sobre as áreas onde é necessário investir prioritariamente.
“É possível romper o ciclo de velhas políticas de favorecimento de grandes empresas e combater o défice democrático no concelho.
A concretização da mudança passa pelo reforço da presença do BE nos órgãos autárquicos.
Contamos com o vosso apoio para concretizar este projecto!”.
Por ultimo tivemos a intervenção de Francisco Louça que declarou que no caso BPN "a supervisão fechou os olhos, não quis saber e não quis que se soubesse" e que "apesar de tudo isso, Vítor Constâncio, contente por ter sido ilibado, aparece agora mal agradecido a dizer que o Parlamento cuja maioria o protegeu nem sequer devia ter feito a investigação que fez". Louçã exortou ainda o governo a cobrar as garantias para não ter que despender 450 milhões de euros para viabilizar o Banco Privado Português (BPP). Veja o dossier caso BPN e as fotos do comício do Bloco em Viseu.
Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, declarou em conferência de imprensa nesta Sexta feira que houve "exagero e empenho na tentativa de demolir" o Banco de Portugal e considerou que "responsáveis políticos de todos os partidos políticos" fomentaram ou permitiram "que o Banco de Portugal tenha sido usado como instrumento de combate político".
"Se não fosse o Parlamento, por uma vez, a fazer um investigação sobre um banco em que os administradores entravam pela porta dentro com sacos abertos para os encher de dinheiro e saiam porta fora, nada se saberia de um dos maiores escândalos financeiros da história portuguesa", defendeu o deputado bloquista.
Para Louçã, Vítor Constâncio não queria que se soubesse o que se passava, "porque ele conhecia Oliveira e Costa", que considerava "tão boa pessoa, tão altamente recomendando, ele que tinha sido secretário de Estado do Governo do professor Cavaco Silva". "E se lhe perguntamos porque é que não viu nada, vem depois, como hoje, dizer ‘não se devia ter olhado'", acrescentou Louçã.
Todos os partidos da oposição criticaram Constâncio. Até o deputado Ricardo Rodrigues, falando em nome do PS, disse sobre as declarações de Constâncio: “As opiniões em Portugal são livres. Não levamos para o capítulo da falta de respeito ou da insolência”, considerando que a “Assembleia da República é soberana na análise que faz e na decisão da comissão de inquérito”.
No jantar/comício que juntou mais de 200 pessoas em Viseu, Francisco Louçã lembrou que a maioria absoluta que chumbou a transparência nas remunerações dos administradores foi a mesma que agora aprovou o trabalho domiciliário para jovens de 14 e 15 anos. "É assim que se faz a lei e é por isso que é preciso uma esquerda que luta pela dignidade dos trabalhadores. E essa esquerda é ainda mais precisa numa altura em que a recessão, o desemprego e a crise económica se agravam", defendeu Louçã no comício de arranque da campanha de Verão do Bloco, acrescentando que "quem manda neste país está a destruí-lo e quem manda na economia está a roubá-la".
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