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A Telma tem 3 anos e sofre de uma doença incurável, fibrose quística, que afecta o aparelho digestivo e respiratório e a obriga a tomar uma bateria de comprimidos por dia e a tratamentos com bronco-dilatadores. Todos os meses, ou de dois em dois meses, tem de ir a uma consulta no Hospital Pediátrico de Coimbra, onde está a ser seguida. O pai, António Fernandes dos Anjos Pinto, de 24 anos, casado há cinco com Guida Maria Soares Dias, de 20 anos, recebe o Rendimento Social de Inserção, pelo foi obrigado a prosseguir os estudos, encontrando-se a tirar o 9º ano. Moram em Bodiosa, no Bairro da Lapa, a mais de 10 km da cidade, pelo que às vezes não tem dinheiro para meter gasolina para ir à escola. De noite não há transportes públicos. Já tem falhado a ida a Coimbra, à consulta de Telma, por falta de dinheiro. Descontando os 100 euros que paga de renda por aquele tugúrio, ficam com 350 euros. Também devia ir todos os dias ao Hospital de Viseu para Telma poder fazer fisioterapia. Tem medo que lhe tirem a menina ou que lhe cortem o RSI, por nem sempre poder ir à escola e ao hospital.
Para os caciques, a democracia é uma chatice. Nem com 62% dos votos se consegue calar a oposição. Não há direito. Uma vergonha. Numa cidade onde tudo é perfeito, ainda há quem consiga embirrar com as opiniões, juízos e projectos do presidente que (qual palavra divina) acabam sempre por ser lei. Os vereadores acabam por estar lá apenas para fazer figura de corpo presente, ou para cumprir a mal fadada lei das cotas que obriga as "donas de casa" a ir para a política. Não peça é o mesmo aos deputados municipais da oposição. Para acólitos bastam os presidentes de junta.
O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.
Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.
O sector do alojamento em Viseu e arredores tem sido marcado nos últimos anos com
aberturas a um ritmo alucinante de Resorts, Pousadas e Hotéis de 5
estrelas. Não desmerecendo a criação dos ditos, apesar de ser uma
tendência estranhamente inversa aos tempos de crise que vivemos, o
facto é que a cidade continua sem um mísero Parque de Campismo
Municipal que satisfaça as necessidades de quem nos querendo visitar,
se depara com a falta desta infra-estrutura básica para uma capital de
distrito que se quer afirmar nacionalmente, e que possibilita a
acomodação de um segmento do mercado turístico que não é de todo
menosprezável e traria inegavelmente mais valias à cidade.
Apelo a todos os militantes e simpatizantes, votantes e democratas que vêm no Bloco de Esquerda uma alternativa de mudança: Não se deixem intimidar pela crescente onda de ódio que alguns sectores nos estão a mover. O medo deles é a nossa força!
Uma nova palavra de ordem instalou-se na campanha eleitoral: o Medo! O medo do Bloco de Esquerda! O ataque que começou nos inflamados e manipuladores discursos de José Sócrates rapidamente e viralmente se espalhou na suposta sociedade civil representada nas pessoas dos senhores e senhoras comentadores e analistas políticos. Não se pretende que estes sejam isentos e objectivos. Isso é um mito. Mas pelo menos podiam tentar.
O apelo ao sentimento do medo é um apelo ao que de mais primário existe no ser humano. Paulo Portas sabe-o bem, e fá-lo com mestria e ao melhor estilo do conservadorismo norte-americano, de resto a melhor escola. Mas também é verdade que Paulo Portas tem uma agenda política que não esconde. Agora quando o medo é incutido descaradamente pelos "opinion makers" encartados que pululam as televisões isso só faz lembrar um "gato escondido com o rabo de fora".
O presidente da Câmara Municipal de Viseu recuou na decisão de transferir a feira semanal para o futuro Parque Urbano da Radial de Santiago, recinto construído há um ano para esse efeito. Segundo o autarca, os viseenses gostaram bastante do novo espaço e como tal irá colocar outro tipo de mobiliário urbano, árvores e iluminação. Afinal Fernando Ruas sempre vai ouvindo as pretensões das pessoas, e ainda bem, porque por este andar, a feira que se realizava antigamente na Praça D. Duarte e Praça da Erva (actual Largo Pintor Gata) ainda acabava daqui a uns anos deslocada para o monte de Santa Luzia! Eleições a quanto obrigas!?
Todos conhecem a canção “Funiculì, Funiculà” que Mário Lanza imortalizou nos anos 50, composta em 1880 por Luigi Denza, com lírica de Peppino Turco, para comemorar a abertura do primeiro funicular no Monte Vesúvio, destruído pela erupção de 1944.
Imaginem agora Fernando Ruas a cantar, no banho, “funiculì, funiculà, funiculì, funiculà”... mais inchado que Pavarotti (sem ofensa ao defunto tenor, mas Plácido Domingo também não liga com a imagem pouco plácida do nosso edil), “funiculì, funiculá, funiculì, funiculà”, durante semanas ou meses, a sonhar com a viagem inaugural do funicular pelo presidente da República Cavaco Silva, aproveitando a sua vinda a Viseu para a inauguração da Feira de São Mateus, no passado dia 14. Que essa impossibilidade foi um balde de água fria para o presidente da Câmara Municipal de Viseu não restam dúvidas a quem ler a mensagem que ele assina no catálogo desta edição da Feira de S. Mateus:
"No último Golpe de Vista chamámos a atenção para os inúmeros acidentes, alguns com certa gravidade, que ocorreram com transeuntes da Rua Ponte de Pau que enfiaram o pé nos intervalos dos carris do funicular ou na calha do respectivo cabo. Recordamos que um homem teve de esperar meia hora para que os bombeiros lhe conseguissem tirar o pé, com o auxilio de material de desencarceramento e que o filho do proprietário da Pastelaria Serra da Nave ficou duas semanas de baixa por também lá ter caído.
Ainda não foram as eleições e as propostas do B.E. já estão a ser ouvidas! É de louvar que a proposta publica anunciada no comício de apresentação da candidatura autárquica e no site distrital do Bloco de Esquerda Viseu vai ser pensada pelo executivo camarário e pela SRU. O bloco propõe "Revitalização do Centro Histórico através da atracção dos jovens e estudantes universitários, | adaptando habitações a residenciais com alugueres convidativos", e segundo Almeida Henriques em declarações ao Diário de Viseu, "Como a Sociedade de Reabilitação Urbana tem alguns edifícios que agora serão requalificados, essa possibilidade ficou em aberto", depois de uma reunião com a AAIPV.
De pedrada em pedrada, Fernando Ruas lá acabou por ser condenado ao pagamento de uma multa de 2.000€ pelo tribunal de Viseu. Não se retratou, não fez nenhum "mea culpa" pelo excesso de linguagem, não aceitou apoiar monetariamente uma qualquer instituição ambiental, não aceitou prestar qualquer esclarecimento público. Ou seja, não percebeu nada!
Não percebeu que a um titular de um cargo público, sufragado pelos eleitores, não se pode permitir este tipo de linguagem. Não percebeu que os fiscais do ambiente apenas estavam a desempenhar o seu trabalho, fazer cumprir a lei de todos, mesmo contra o interesse de alguns. Não percebeu que a ameaça, a coação e o incitamento à violência não se coadunam com o cargo que desempenha. Nem tão pouco entendeu que esta era uma questão básica de princípios: imaginemos agora que um grupo de cidadãos revoltados com o excesso de zelo da Polícia Municipal se permitisse a tais actos? Qual seria a reacção do Sr. Presidente? Porque nisto de leis não podemos ser selectivos, não podemos escolher aquelas que nos convêm e menosprezar ou ignorar aquelas que nos parecem à partida desfavoráveis.
Os/As Viseenses tiveram conhecimento, através dos órgãos de comunicação social, que o executivo camarário liderado por Fernando Ruas fez aprovar no dia 9 de Julho, por adjudicação directa, a projecção do novo Centro de Artes e Espectáculos (CAE) ao arquitecto Filipe Oliveira Dias por um valor que ultrapassa os 700 mil euros. Ficámos a saber que será construído junto à Fonte Cibernética e ao Tribunal Judicial, nos antigos terrenos da CP. Ficámos também a saber que o CAE terá um custo estimado de 12 milhões de euros e que a adjudicação da obra será lançada em Setembro.
O que não ficámos a saber é, no entanto, muito mais importante, significativo e determinante para a Cidade e o Concelho. Cinco questões que têm de ser colocadas e carecem de respostas cabais e de uma ampla discussão pública.
Comentadores encartados repetem nos últimos dias que o Parlamento teria aumentado o dinheiro do Estado para os partidos. Para mais, contando com os votos do Bloco. Nada de mais falso. Ninguém diz onde tal está escrito nem explica como. Mas não importa, já paira no ar.
Não vejo que outro nome lhe poderia dar. Uma coisa perigosamente parecida a um ser humano, uma coisa que dá festas, organiza orgias e manda num país chamado Itália. Esta coisa, esta doença, este vírus ameaça ser a causa da morte moral do país de Verdi se um vómito profundo não conseguir arrancá-la da consciência dos italianos antes que o veneno acabe por corroer-lhes as veias e destroçar o coração de uma das mais ricas culturas europeias. Os valores básicos da convivência humana são espezinhados todos os dias pelas patas viscosas da coisa Berlusconi que, entre os seus múltiplos talentos, tem uma habilidade funambulesca para abusar das palavras, pervertendo-lhes a intenção e o sentido, como é o caso do Pólo da Liberdade, que assim se chama o partido com que assaltou o poder.