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Ouvi ontem na Rádio NoAr o Presidente do CA do Hospital S. Teotónio (site desactualizado) afirmar que tem como sonho a criação de uma Universidade de Medicina Privada para Viseu. Atento à realidade do País e do Concelho, ao nível dos serviços prestados (como contínua Alexandre Ribeiro no activo tendo sido condenado por homicídio por negligência?) e para um Hospital que até se disponibilizou para receber os estagiários da "futura Faculdade de Medicina" de Aveiro são no mínimo curiosas tais declarações.
Os viseenses têm vindo a reclamar desde há muito ensino universitário público. Essa reivindicação tem sido negada por uns governos e iludida por outros, com promessas que ou não são cumpridas ou são anuladas pelos governos seguintes, ou representam tentativas de conciliar objectivos antagónicos: criar mais ensino superior público sem prejudicar os interesses das instituições de ensino superior privadas existentes no concelho e na região. Pelo meio, desperdiçaram-se oportunidades, prejudicando o desenvolvimento da nossa região.
A VERDADEIRA HISTÓRIA DA FRUSTRADA UNIVERSIDADE PÚBLICA DE VISEU
Já vai longe o tempo em que o professor José Silvestre escreveu um inflamado artigo, publicado em vários jornais locais, lamentando que Viseu fosse “um buraco negro rodeado por uma miríade de sois” (referindo-se às universidades públicas que iam sendo criadas à nossa volta: Aveiro, Vila Real, Covilhã, a somar às de Coimbra e do Porto.) Mas havia (e há ainda) quem pense que Viseu está no centro do universo e não descansaram enquanto não expulsaram da cidade, ao mínimo pretexto, o pólo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Recordo que o reitor da U.P., recebido com todas as honras na Câmara Municipal de Viseu, disse no seu discurso que, a seguir àquele projecto pioneiro, poderiam vir para Viseu pólos de outras Faculdades e depois, naturalmente, seria como um filho que se separa do pai.” Foi a primeira grande oportunidade desperdiçada.
No passado dia 8 de Janeiro reuniu-se em sessão extraordinária a Assembleia Municipal de Viseu, por solicitação do presidente da Câmara Municipal. que pretendeu discutir naquele órgão, a posição do ministro Mariano Gago que lhe terá dito pessoalmente que não estaria disponível para criar novas universidades, estando mais inclinado para a fusão, junção ou associação de universidades. Fernando Ruas começou por fazer a sinopse da história das tentativas dos viseenses de criarem uma Universidade Pública em Viseu, justificando a não aceitação, por parte do PSD, da criação do Instituto Universitário ligado à Universidade de Aveiro, criado pelo Governo de Guterres, por saberem que o governo de Durão Barroso iria criar uma Universidade Pública de raiz, e acusou o governo do José Sócrates por ter suspendido a criação da universidade criada pelo Governo de Durão Barroso, segundo o modelo proposto por Veiga Simão. Pela sua parte, o presidente da Câmara de Viseu garantiu que já tinha feito tudo o que estava ao seu alcance.
O anúncio do ministro Mariano Gago da criação de um curso de Medicina na Universidade de Aveiro (UA) veio provocar uma onda de indignação por parte do PSD/Viseu e, em particular, de Fernando Ruas que já decidiu apelar a uma nova mobilização dos viseenses.
O Bloco de Esquerda demarca-se desde já deste alarido hipócrita e acusa mais uma vez os partidos que têm tido responsabilidades, de forma rotativa, no governo do país de serem os responsáveis pelo facto de Viseu não ter uma Universidade Pública, por não terem sabido apresentar uma projecto credível, enredados em compromissos, repetidamente assumidos, de não beliscar os interesses particulares dos estabelecimentos de ensino superior privado, (cooperativo e concordatário) existentes em Viseu. Por isso é que todos os projectos apresentados pelo PSD não passaram de logros, como o projecto de Veiga Simão que mais não era do que “oferta pública de ensino privado”, como denunciámos oportunamente, ou como a “universidade telemática”, apadrinhada por Almeida Henriques, que não passava de “ensino à distância”, quando a Universidade Aberta já tinha um Centro de Apoio na Escola Superior de Educação de Viseu.
"A Universidade de Aveiro (UA) deverá arrancar em 2011/12 com um curso de Medicina. A comissão internacional de avaliação ratificou o projecto, faltando o sim do ministro, que poderá anunciar a decisão no aniversário da UA.
A deputada municipal do Bloco de Esquerda teve, ao longo de quatro anos, uma postura de independência perante interesses instalados no concelho e de crítica construtiva. Para além de inúmeras intervenções de denúncia das políticas do Executivo Camarário de Fernando Ruas e em defesa da qualidade de vida dos munícipes, apresentou diversas propostas de recomendações/moções (muitas aprovadas por unanimidade) de que se destacam: PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL COM VISTA À PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NAS REUNIÕES E AO APROFUNDAMENTO DO DIRETO DE PETIÇÃO
Não foi apoiada pelos restantes líderes dos grupos com assento na Assembleia Municipal (PSD,PS e CDS/PP) RECOMENDAÇÃO SOBRE MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE ACTIVIDADE E ORÇAMENTOS MUNICIPAIS PARTICIPADOS Chumbada com os votos contra do PSD RECOMENDAÇÃO COM VISTA À CRIAÇÃO DE UM GABINETE QUE RESPONDA A SITUAÇÕES DE CRISE SOCIAL Chumbada com os votos contra do PSD RECOMENDAÇÃO SOBRE O APOIO CAMARÁRIO A INICIATIVAS DE HOMENAGEM A JOSÉ AFONSO E À ATRIBUIÇÃO DO NOME DO POETA/CANTOR A UMA DAS RUAS DA CIDADE Aprovada por unanimidade
No decurso de um debate sobre Educação e Desenvolvimento Local, na Escola Superior de Educação de Viseu, Ana Drago acusou o Partido Socialista de ter desencadeado um forte ataque à Escola Pública, aos professores e à gestão democrática das escolas.
A deputada do BE defendeu a aposta na defesa de uma escola pública de qualidade, assente na valorização dos actores educativos e numa reorganização curricular, que tenha como pressupostos a diminuição do número de disciplinas e a integração dos saberes académicos e práticos.
A melhoria das condições das instituições politécnicas também foi falada, sendo a sua transformação em Universidade o ponto de viragem que a Viseu precisa para os estudantes se envolver na vida activa da cidade.
A criação de equipas multidisciplinares para combater o abandono e o insucesso escolar estiveram, também, na ordem do dia.
À noite, num jantar/comício com centena e meia de apoiantes, o candidato Carlos Vieira no seu discurso falou do Funicular e da Praia Fluvial, comparando-os com a fachada pintada de uma casa sem teto que se pode observar no Bairro Municipal, sendo a pobreza e a falta de emprego do conselho o interior desta mesma casa.
A candidata à Câmara Municipal, Maria da Graça Pinto, optou por reforçar que “20 Anos de Ruas é Demais”, defendendo que “Viseu não precisa da cereja em cima dum bolo que por dentro está podre” (referindo-se às declarações de Fernando Ruas ao Jornal do Centro), explicando que o bloco quer políticas sociais sérias, que respondam às necessidades reais dos Visienses, opondo-se à política populista das construções megalómanas sem benefícios concretos.
Ana Drago denunciou as consequências económicas e sociais da política neo-liberal promovida pelo Partido Socialista e realçou a importância dos resultados obtidos pelo B.E. nas últimas eleições para a construção de um projecto alternativo às políticas dos partidos que têm governado o país. A deputada do B.E. enalteceu a importância das eleições autárquicas, defendendo que o papel do Bloco está comprovado pela forma com que se debate contra os poderes instalados, sem medo de represálias.
Viseu cresceu, mas desenvolveu-se de forma desigual, descontínua e insustentável. Urbanizações desmedidas e grandes superfícies comerciais na periferia à custa do abandono das freguesias limítrofes, da desertificação humana do centro da cidade, da insegurança e da decadência habitacional e comercial no centro histórico.
A reabilitação habitacional do centro histórico tem vinte anos de atraso. Autorizam-se obras de recuperação que desvirtuam a coerência arquitectónica dos espaços. Aproveitou-se mal as verbas do Polis. Exceptuando o parque linear, ficou por fazer o principal: o Parque Urbano da Aguieira e o Centro de Interpretação da Cava.
É esta a herança de 20 anos de gestão autárquica de Fernando Ruas.
Miguel Portas esteve esta quinta, dia 21, em Viseu, onde durante a tarde reuniu com a Associação Comercial do Distrito de Viseu e com as Direcções do Instituto Politécnico de Viseu e das várias Escolas Superiores desta instituição.
A discussão não é recente, já tem uns anos, recordemos que esta
forçou várias forças políticas a apoiar os anseios da população, seja
através das suas Juventudes Partidárias, dos seus deputados eleitos
pelo círculo eleitoral de Viseu, através de fracos projectos de lei ou até promessas de governo. Em
nada adiantou o falso consenso, pois as promessas caíram, e os
interesses privados levaram a melhor. Está na altura de por o tema em
cima da mesa mais uma vez!
Os leitores do website responderam, é necessária uma Universidade para Viseu. É necessária uma discussão sobre a forma de implantar esta Universidade. A maioria manifestou-se a favor de uma Universidade Politécnica(45,2%), 29,6% acham que,independentemente da escolha,esta tem de estar envolvida na, e pela, cidade. 7,1% ainda pensam que a melhor opção é construir uma Universidade de Raiz, mantendo o actual Politécnico. Apenas 19% dos participantes acham que não é necessária uma Universidade em Viseu.
Um novo inquérito está agora disponível. Queremos saber a vossa opinião sobre o facto de Viseu não ter comboio. Participa!
Fui assistir à última reunião da Assembleia
Municipal de Viseu, que teve lugar em 29 de Dezembro. Sabia que a deputada do
Bloco de Esquerda levaria àquele órgão autárquico o caso de uma família de
etnia cigana que vive há anos num rés-do-chão de uma habitação na Travessa do
Matadouro, transversal à Rua de Serpa Pinto, que uma técnica da Câmara
caracterizou com toda a propriedade, como uma “loja de animais” (efectivamente
ainda se lá encontram as argolas onde se prendiam os burros), conforme o núcleo
de Viseu da Associação Olho Vivo tem vindo a denunciar desde há mais de um ano
neste jornal, na rubrica “Golpe de Vista”. Foi, aliás, uma sessão em que o
Bloco de Esquerda, apesar de ter apenas uma deputada municipal, fez a diferença
ao apresentar soluções concretas para resolver problemas que afectam os
munícipes. A moção sobre a criação por parte da Câmara de um Gabinete de Crise
de atendimento público com o intuito de proceder ao levantamento das situações
de pobreza e exclusão social, endividamento das famílias e das pequenas e
médias empresas, tendo em conta a multiplicação das situações de pobreza provocadas
pela crise actual, foi reprovada pelo PSD por considerar que a CMV já tinha
previsto medidas para a crise, como seja o refeitório social e o congelamento
das rendas de habitação social. Curiosamente, hoje mesmo ouvi, na Rádio NoAr, o
deputado municipal do PSD, António Vicente, a valorizar aquelas medidas da
autarquia viseenses, mas defendendo um estudo mais aprofundado nas freguesias
limítrofes do concelho, de modo a se perceber a verdadeira dimensão da pobreza
no concelho de Viseu. Exactamente como sugerira o BE.
"Uma universidade politécnica de qualidade poderia ser a solução"
"A vantagem do gabinete de crise era haver uma estratégia concertada"
“O senhor presidente da Câmara [de Viseu] ocupa muito espaço de tempo na assembleia”
"Também
propusemos em plenário, uma recomendação para a implementação do
orçamento participativo. Foi chumbada com os votos contra do PSD."
" (...) uma
outra proposta no grupo de trabalho que procedia à revisão do
regulamento da assembleia, que também não foi aceite, que previa outras
medidas facilitadoras: o aumento do tempo reservado à intervenção dos
cidadãos, que é pouco. "
São algumas citações da entrevista ao Jornal do Centro e Radio No AR, leia a entrevista completa!
A Deputada Municipal Maria da Graça Pinto
apresentou três moções à Assembleia Municipal de Viseu, sendo
aprovadas as moções relativas à Luta dos Professores e à
Universidade Publica de Viseu e chumbada a que propunha a criação
de um gabinete de crise. Votou também contra o Orçamento Municipal,
Plano Anual de Actividade e Projecto de Regulamentação da
Propaganda Partidária propostos pela Câmara Municipal.
Bloco de Esquerda Viseu lançou comunicado sobre a anunciada "Universidade Empresarial das Beiras", que se opões a Universidade Pública sempre reclamada pelos Viseenses. Lê o comunicado.