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Texto de opinião anarquista "Somos anti-Capitalistas" |
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04-Nov-2008 |
"O Anarquismo não significa misticismo, nem palavras vagas sobre a
beleza, nem tão pouco desespero. A sua grandeza é feita, antes de tudo,
pela sua dedicação à causa da humanidade oprimida. Traz em si a
aspiração das massas para a verdade, o seu heroísmo e a sua vontade
concentrada; representa neste momento a única doutrina social sobre que
as massas podem apoiar-se com confiança para conduzir a sua luta.
Não basta que o anarquismo seja uma grande ideia e as anarquistas os
seus representantes platónicos. É necessário que os anarquistas tomem
constantemente parte do movimento revolucionário das massas e como
cooperadores. Só então esse movimento respirará plenamente a atmosfera
verdadeira do ideal do anarquismo. Nada se obtém gratuitamente. Todas
as causas exigem esforços e sacrifícios. O anarquismo deve encontrar
uma unidade de vontade e uma unidade de acção e alcançar uma noção
exacta do seu papel histórico.
O anarquismo deve penetrar no
coração das massas e fundir-se com elas. Porque dispersos vemos a nossa
influência reduzida no decurso das lutas, ainda para mais quando somos
poucos; porque dispersos vemos a nossa capacidade individual reduzida a
nada, pois trabalhando sozinhos, sem projectos, vamos observando tudo
sem capacidade de agir voltando para casa desmotivados e sem ânimo, –
por vezes, alguns companheiros decidem juntar-se a projectos de outras
tendências, com as quais mantêm desacordos irreconciliáveis –, propomos
nos auto organizar. Queremos que o Movimento Anarquista volte às ruas,
às fábricas, às comunidades, às escolas.
Queremos que ele seja
uma força revolucionária que combata o capitalismo e todo o
autoritarismo injustificável, aplicando-lhe as armas da acção directa
das massas, horizontalidade, solidariedade, autogestão, liberdade,
igualdade e federalismo. Achamos que um trabalho preparatório é
condição absoluta para a vitória das lutas sociais. Será, pois, preciso
realizar uma estratégia revolucionária de classe e é disso que
dependerá, num grau considerável, o futuro do movimento. É pois preciso
que nos organizemos. Não queremos ser nenhuma vanguarda iluminada,
senão promotores da auto organização dos trabalhadores e suas
comunidades, por isso defendemos uma organização que seja um meio e
nunca um fim. Convém, no entanto, ressalvar que pretendemos ser um
grupo de luta de classes, que se pode designar anarquistas livres.
Somos
anti-capitalistas, o que significa que consideramos que a actual
organização da sociedade, baseada na exploração do trabalho
assalariado, tem de desaparecer. Significa também que, embora
combatendo as manifestações mais extremas do capitalismo, as grandes
corporações, os grandes centros regionais e mundiais que ditam as
políticas em todo o globo, somos contrários às formas mais arcaicas de
exploração, capitalistas ou não capitalistas. Não aceitamos defender os
pequenos capitalistas contra os grandes, ou os capitalistas nacionais
contra os estrangeiros à custa da traição aos trabalhadores, como tem
sido princípio do reformismo e da esquerda autoritária. Igualmente,
fica bem claro para nós que nenhuma sociedade instaurou até hoje
qualquer forma de socialismo ou de comunismo.
O que se tem como
sociedades onde reina o «comunismo», actualmente, como a República
Popular da China, a Coreia do Norte, Cuba e outros casos, são apenas
exemplos de uma forma de capitalismo, o capitalismo de estado, em que
uma oligarquia decide em nome do proletariado, o qual é espezinhado e
humilhado constantemente. "
por Goulart Medeiros
in Noticias de Viseu
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