Home Notícias Despedimentos colectivos mais do que duplicaram
|
Car@ leit@r esta é uma
secção sua.
Uma secção onde serão
publicadas as opiniões
que nos enviarem com
esse fim.
Os textos deverão ser
enviados para o e-mail:
Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de e-mail
Não podemos publicar
textos não assinados
ou insultuosos.
|
Site do Bloco de Esquerda de Viseu, Bloco, b.e., Esquerda de Confiança, Juntar Forças, São Pedro do Sul, Vouzela, Tabuaço, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Penedono, Penalva do Castelo, Nelas, Mortágua, Tondela, Vila Nova de Paiva, Tarouca, Armamar, Resende, Cinfães, Carregal do Sal, Sernancelhe, São João da Pesqueira, Sátão, Coração de Jesus, Rio de Loba, Campo, Abraveses, São José, Orgens, António Minhoto, Osvaldo Numão, Maria Graça Pinto, Carlos Vieira, Carlos Couto, Daniel Nicola, Bandeira Pinho, Alexandrino Matos, Rui Costa, Joel Campos, António Amaro, Manuela Antunes, Carla Mendes, Joge Carneiro, Padre Costa Pinto, Francisco Louçã, Marisa Matias, Miguel Portas, Pedro Soares, Magaça
|
|
Despedimentos colectivos mais do que duplicaram |
|
|
|
01-Dez-2008 |
"Emprego. Processos de despedimento colectivo em 87 empresas lançaram, só no terceiro trimestre, mais de 1500 pessoas para o desemprego. E os 155 processos registados de Janeiro a Setembro já ultrapassam os números de todo o ano de 2007. O Norte é, por tradição, a região mais afectada.
Pequenas e micro empresas são as mais afectadas
Os processos de despedimento colectivo mais do que duplicaram no
terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior,
enquanto o número de desempregados quase triplicou. Os dados da
Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho mostram que de
Julho a Setembro, 87 empresas concluíram processos de despedimento
colectivo, que lançaram 1509 pessoas para o desemprego. Em período
homólogo, os processos tinham envolvido 32 empresas e resultado em 446
despedimentos efectivos.
Desde o início do ano que a cada trimestre que passa o número de
processos e de desempregados aumenta de forma inequívoca (ver gráfico
1). A informação disponível mostra que 2008 será, provavelmente, um ano
pior: os processos concluídos até Setembro (155) equivalem já ao total
registado durante todo o ano passado e o número de despedidos (2591) é
já superior. Nestes primeiros nove meses de 2008, o Norte de Portugal
foi a região mais afectada, com 43% das empresas e mais de metade do
total de pessoas afectadas. Os processos foram mais frequentes em
pequenas e microempresas, que de Janeiro a Setembro desencadearam 77%
dos casos. As grandes empresas concluíram menos processos (8% dos
casos), mas que tiveram, naturalmente, mais impacto na população (36%
do número de desempregados).
Apesar da região norte ser tradicionalmente a mais afectada e manter
ainda a predominância nos casos acumulados desde o início do ano, os
dados mais recentes apontam para um agravamento da situação na região
de Lisboa e Vale do Tejo. No terceiro trimestre deste ano, 42 processos
resultaram em 408 despedimentos, o que corresponde a uma pro- porção
anormalmente alta para esta região do País.
Mais de 4 mil em risco
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social publica ainda dados
sobre os processos abertos e sem desfecho confirmado. Também estes
foram aumentando à medida que os trimestres passavam. Desde o início do
ano foram iniciados 230 processos de despedimento colectivo (97 no
terceiro trimestre) que ameaçaram 4171 postos de trabalho (mais de 2000
no terceiro trimestre). No mesmo período do ano passado, não foram além
de 184 empresas e cerca de 3000 postos de trabalho ameaçados. Quase
metade dos processos abertos este ano está localizada em Lisboa e Vale
do Tejo, sendo o Norte a segunda região em risco.
O contexto económico não é o mais favorável à resolução pacífica destes
casos. Com uma economia que hesita entre a estagnação e a recessão, os
empresários terão mais dificuldade em manter emprego. A análise das
instituições mais credíveis apontam, aliás, para a provável destruição
de postos de trabalho. A Comissão Europeia prevê que em 2009 a economia
deixe de criar emprego; a OCDE é mais dramática ao sugerir uma redução
de 0,5%.
O agravamento do cenário foi, aliás, confirmado, pelos últimos dados
oficiais. O Instituto Nacional de Estatística revelou que a taxa de
desemprego foi de 7,7% no terceiro trimestre deste ano. O Instituto de
Emprego e Formação Profissional revelou uma subida do número acumu-
lado de desempregados, pela primeira vez em 31 meses.
in Diário de Noticias ed. de Segunda, 1 de Dezembro de 2008
|
|
|
|
|