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Marcha Mundial pela Paz
07-Mai-2009
No Diário de Viseu de 7 de Maio de 2009 pode ler um artigo relativo à Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência (www.marchamundialpt.org), esta organizada pelo movimento “Mundo Sem Guerras”, e citando o site oficial “Esta marcha pretende criar consciência face à perigosa situação mundial que estamos a atravessar, marcada pela elevada probabilidade de conflito nuclear, pelo armamentismo e pela violenta ocupação militar de territórios.”.
Até aqui tudo bem, espanto meu quando Emílio Rubio, coordenador da rota Galiza-Portugal, tem a infeliz declaração “O problema não está nos países que possuem armamento nuclear mas nos grupos de terroristas bem organizados” … Vamos reflectir:
Terrorismo (No dicionário):
• Modo de impor a vontade pelo uso sistemático do terror
• Emprego sistemático da violência para fins políticos, especialmente a prática de atentados e destruições por grupos cujo objectivo é a desorganização da sociedade existente e a tomada do poder
• Regime de violência instituído por um governo
Os Estados Unidos da América, maior potência nuclear mundial, já usaram este armamento em guerras (Hiroshima e Nagasaki), já “desorganizou as sociedades existentes para tomar poder” no Iraque e Afganistão, “empregando sistematicamente violência para fins políticos” e económicos…
Encontraram alguma arma nuclear? Não! Mentiram ao mundo.
Para haver guerra há pelo menos dois lados se enfrentam, para acabar com ela têm que se acabar com a hipocrisia e deixar de apontar o dedo aos outros sem olhar para nós próprios; sim para nós próprios, Portugal não é um estado Terrorista?
Participou na guerra de ocupação do Iraque e Afeganistão, isto para não falar do terror cometido nas ex-colónias. Pelo nosso pais passaram dezenas, se não centenas, de voos ilegais para a prisão de Guantanamo, exemplo do ataque aos direitos humanos, Auschwitz ou Tarrafal dos tempos modernos…
Portugal pode dar o exemplo para um mundo sem guerra, pode retirar todos os soldados dos países ocupados, pode sair da NATO, organização de “defesa” dos países membros, que hoje em dia é uma organização de ataque e ocupação. Seria um início…
Carlos Couto
(este texto foi enviado para o Diario de Viseu para a secção "Fala o Leitor", amanha saberemos se é publicado)