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Candidatos Autárquicos do Bloco de Esquerda Visitam bairro municipal e Exigem Respeito pelas pessoas PDF Imprimir e-mail
15-Set-2009

conversa_com_moradores_resize.jpgNuma visita ao Bairro Municipal, os Candidatos Autárquicos do Bloco de Esquerda por Viseu depararam-se com o abandono e o "terrorismo psicológico" a que os seus habitantes estão sujeitos há décadas por parte da CMV, apesar das recentes obras realizadas e que como se pôde constatar não passam de mera fachada.

Segundo o testemunho do morador Anselmo Cardoso a nova pintura foi feita apenas nas partes exteriores das habitações, afirmando que os responsáveis da CMV no local ofereciam a tinta a quem quisesse pintar as traseiras, mas só se a reclamassem e independentemente da grande maioria das pessoas não o poder fazer porque a idade já não o permite ou não terem dinheiro suficiente para pagar a uns caiadores. Claro que para além da fachada não foi feita mais obra nenhuma, nem nos telhados degradados, nem nos interiores. Entre os moradores uma expressão era recorrente, foi um "lavar a cara" para esconder o que está realmente sujo.

O novo projecto para o bairro está prometido há muito e até tem maqueta no pavilhão multiusos, mas Maria dos Prazeres afirma que questionou o presidente recentemente sobre a possibilidade de colocar uns azulejos que tem guardados ao que este respondeu que o poderia fazer dando a entender que a sua casa não seria demolida nos próximos anos.


E é aqui que reside o problema fundamental. A incerteza em que estas pessoas vivem desde há décadas, entre ameaças de demolição e promessas de realojamento, entre a angústia de quererem fazer obras de melhoramento e a expectativa de verem a sua casa demolida. E não se pense que as rendas baixas são justificação para esta falta de humanismo da CMV porque a grande maioria dos moradores queriam fazê-lo às suas expensas e até sugeriram que se aumentassem então as mensalidades, porque isto é a perpetuação da miséria. Será que alguém na CMV já se imaginou viver assim? Sem poder melhorar as pobres cozinhas, rebocar as frágeis paredes de casa, colocar um novo telhado, construir um anexo... por poder ver o dinheiro investido ir numa pá de uma retroescavadora? E não é uma questão que se coloca desde há um, dois ou cinco anos. São quarenta anos de falsas promessas e falsas expectativas que mantêm estas pessoas reféns de uma situação que julgamos insustentável.


Já Manuel Ferreira, que é vizinho da única habitação que foi até agora reconstruída e que servirá supostamente para memória futura, ironiza com o facto de lá não viver ninguém, acrescentando que se colocaram lá duas placas, ao contrário do rudimentar anexo que foi construído para albergar três netos vítimas de uma tragédia familiar que de tão desnivelado que estava chegava a ter um palmo de água... E questiona-se, "porque é que não fazem como na Guarda" onde existe um bairro semelhante que foi reconstruído e requalificado, mantendo as casas e a estrutura que o caracterizam, porque não é deixando cinco ou seis casas de pé que se conserva a "memória futura", porque a importância deste bairro se deve sobretudo ao seu todo.


Diante da casa deste morador a pressa eleitoral com que a Câmara tratou o espaço proporciona visões que são sintomáticas desta política de fachada: nem uma casa abandonada e sem telhado escapou ao pincel que invadiu o bairro, estando impecavelmente pintada apesar de toda podre por dentro e o curioso é que segundo as acusações dos moradores foi a própria CMV a destelhá-la para apressar o desfecho, à semelhança de muitas outras, mesmo que pegadas a moradias habitadas, tendo como consequência a o acelarar das infiltrações e  humidade. E os únicos telhados novos que por ali se vêm são exactamente das casas onde se guardam os materiais das obras, pondo a nu a escala de prioridades da edilidade. Primeiro o material, depois as pessoas? Porque sem material não há obras e com menos pessoas não haverá tantos empecilhos a atrasar o processo? Será isso? Nem queremos imaginar que isto é deliberado, porque é grave, mas que denota uma falta de sensibilidade pelo bem-estar e qualidade de vida daqueles que pouco tendo ainda são mimados com estas aberrações.


Aliás, a febre do alcatrão foi tanta que nem as árvores escaparam, nem os passeios, nem o antigo jardim onde se realizava a festa popular, que de tão alcatroado se transformava num rio às primeiras chuvas, fazendo com que a água corresse directamente para algumas casas. Entretanto estas questões têm vindo a ser resolvidas: as árvores começam a ter uns cm2 de terra para saciarem a sede, uns míseros cm2 de resto. Os passeios já o são. Continuam de alcatrão (qual calçada portuguesa que isso é para zonas nobres) mas já os pintaram de vermelho, parecendo agora um prolongamento da ecopista. O problema do jardim transformado em "rio" foi remendado com uma lomba (inversa) que escoa a água até ver ou até vir o inverno. Neste último caso até houve direito ao respectivo sinal de trânsito, esqueceram-se foi da grelha, porque o obstáculo não permite que quem tenha mobilidade reduzida, como é o caso do habitante vizinho à mesma que se desloca de cadeira de rodas, o ultrapasse. Mas o morador resignado lá comentou: "se não for agora é para o ano, senão for para o ano é para as próximas eleições", atirando ainda um "haja eleições de 6 em 6 meses" que ilustra bem a situação. Até a antiga fonte foi recuperada, agora com água da companhia, apesar de nenhum idoso de lá conseguir retirar água pela força que é necessário fazer para activar a torneira.


A visita ficou marcada ainda pela visita a Maria dos Reis que foi esta semana notícia por ser vítima de uma acção de despejo por parte da empresa municipal Habisolvis. A falta de sensibilidade social nesta acção é por demais evidente. Segundo o vizinho Anselmo Cardoso é verdade que a casa foi entregue até com um antigo pombal e outro material que se poderá considerar lixo, ou seja, a Habisolvis que processou a moradora por falta de limpeza não garantiu sequer que a casa arrendada tinha condições de habitabilidade logo à partida, até porque a inquilina também o afirma, e refere o facto de o telhado deixar entrar água em casa o que lhe estragou o fogão, vendo-se obrigada a "a fazer um lume no quintal quando não recebe para o jantar as sobras das refeições da santa casa da Misericórdia" e que as rachas por nós testemunhadas são da responsabilidade do senhorio, tal como o buraco do quarto do primo que tiveram que entaipar para não permitir a entrada de ratos. Maria dos Reis necessita de óbvia intervenção social por parte dos técnicos, vive com os 300€ da rendimento de inserção do companheiro que mal chegam para os medicamentos,   mas são bastantes para perder direito ao RSI, o que os obriga a recolher ferro velho e outro material reciclável para "ganhar mais uns 20 ou 30 euros", material que se vai acumulando sendo que a própria Habisolvis promoveu a situação ao entregar uma casa degradada e sem condições nenhumas, cheia de entulho e com barracões anexos. Ora todos sabemos que lixo gera lixo e quando se alojam pessoas com necessidades prementes de acompanhamento assim, não seria de espetar outra coisa. A CMV já prometeu encontrar solução e que poderá passar pelo realojamento numa das muitas habitações desocupadas, o que Maria dos Reis afirma ser uma solução que deveria ter sido logo vista antes de lhe entregar o actual imóvel no estado em que estava.


Fernando ruas colocou um novo outdoor na cidade com uma citação do Pe António Vieira "para apelar ao vento só são necessárias palavras, para apelar ao coração são necessárias obras". Pois são. Mas não é com palavras de ordem como "Viseu somos todos nós" que estes moradores perderão a angústia de um futuro incerto, e com estas obras apelará apenas ao coração de quem passa e vê um bairro renovado por fora e completamente degradado por dentro e não ao coração de quem lá mora, porque esse há muito está destroçado por esta inqualificável política. A placa com o alvará diz tudo: "envolventes e exteriores", ou seja, em linguagem beirã, tão querida do presidente, isto tem um nome: FACHADA.

E é por tudo isto que o Bloco de Esquerda se baterá pela requalificação do bairro através da requalificação e ampliação das casas existentes, devolvendo a felicidade e qualidade devida a estas pessoas a quem a CMV tem tratado sem a mínima dignidade.

Da parte do B.E. fica o apelo declarado pela candidata à C.M., Maria da Graça Pinto “Exigimos respeito!”, e como disse Paula Fong, também candidata à C.M.V., dinamizadora dos projectos “Entreteias” e “HumanizArte”  , “Dar sopa na misericórdia não é  politica de integração social”. Carlos Vieira ironiza e diz “Os moradores que já estavam preocupados com a perspectiva da demolição do bairro à muito anunciada pela C.M. , viram aumentada a sua angustia com um alvo pintado no largo principal do bairro” , referindo-se a uma “rotunda” pintada nesse largo, acrescenta “ será que a demolição vem por via aérea”.

 
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