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E QUE TAL UMA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA IGNOMÍNIA? PDF Imprimir e-mail
24-Fev-2008
triste.jpgComo é que uma jovem estudante de 19 anos se deixa chegar aos cinco meses de gravidez para decidir abortar?... Só não fiquei mais surpreendido com a notícia porque na véspera, 11 de Fevereiro, fizera precisamente um ano que os portugueses votaram a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) e o Diário de Notícias aproveitou a oportunidade para fazer um balanço da aplicação da lei (em vigor há apenas meio ano): a Drª Maria José Alves, médica da Maternidade Alfredo da Costa, reconhece que o aborto clandestino está longe de ser resolvido, porque continua a haver um grande estigma e muitas mulheres "desconhecem completamente que podem  fazer uma  IVG num estabelecimento de saúde". Também Duarte Vilar, da Associação do Planeamento Familiar, disse ao DN que "por desconhecimento, dificuldade no acesso aos centros hospitalares, por vergonha ou por se terem ultrapassado as dez semanas, há mulheres que continuam a abortar clandestinamente ou a tomar citotec."
Foi precisamente com dez comprimidos de citotec (fármaco receitado para úlceras gástricas e duodenais, que pode ter efeitos abortivos e que, em sobre dosagem, já levou à morte) que uma jovem que se encontra a estudar em Viseu provocou um aborto. Mas mais do que a descrição pormenorizada dos acontecimentos feita pelas colegas chocou-me que o director da escola tenha convocado uma conferência de imprensa onde lhes deu a palavra, para que todos ficassem a saber que a jovem era a única "criminosa". Talvez não a única culpada (à face da lei) já que os depoimentos denunciaram a cumplicidade da colega que lhe cedeu os comprimidos. "O que é que eu havia de fazer? Estamos numa escola de formação...", justificou-se o director quando, um dia depois, o jornalista da Rádio Noar o confrontou com a ignóbil exposição das alunas. Formação? É bem precisa para se dirigir uma escola. Formação, sim, para criar laços de amizade e solidariedade entre os alunos. Telefonar à GNR, como fez,
anonimamente, uma das alunas, em vez de procurar apoio médico, não me parece que revele um boa formação do carácter.
Mas, o que mais me chocou foi ter visto a notícia do DN, na passada terça-feira, com o nome completo da jovem estudante. Em nenhum outro jornal encontrei esta falta de ética, tamanha falta de sensibilidade e bom senso (repetida na edição do dia seguinte). Como é possível violar, de forma tão sórdida, o direito à reserva da intimidade da vida privada, consagrado constitucionalmente? E se interrompessem voluntariamente a ignomínia?...
A jovem que, à data em que escrevo, ainda se encontra internada no serviço de Obstetrícia do Hospital de Viseu, onde foi interrogada pela Polícia Judiciária, terá dito a alguém que não tencionava regressar às aulas. Esperemos que a visita do embaixador de Cabo Verde, que o director da Escola disse que se efectuaria dentro de um ou dois dias, a demova de abandonar os estudos. Este caso só vem dar mais razão a todos quantos insistem na necessidade urgente de efectivar a Educação Sexual nas escolas, por forma a reduzir drasticamente a gravidez não desejada, nomeadamente na adolescência (com Portugal a apresentar os piores indicadores da Europa) e de  acabar rapidamente com as resistências e obstáculos ao cumprimento da lei no Serviço Nacional de Saúde, dando todas as condições de segurança e privacidade às mulheres que recorrem à IVG.
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  Carlos Vieira
 
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