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Proposta 11 - Ensino para todos
20-Mai-2011
Durante uma visita ao Agrupamento de Escolas Luís António Verney, em Lisboa, Louçã apresentou a 11.ª proposta do Bloco que visa combater o "enorme défice" que é o abandono escolar e promover um ensino superior para todos. Para o Bloco, é primordial implementar um “plano de combate ao insucesso escolar, começando pelo princípio” e assegurar a igualdade de acesso ao ensino superior.
A proposta do Bloco prevê, no que respeita ao combate ao abandono escolar, a definição de um número máximo de alunos por turma nos ensinos pré-escolar, básico e secundário e de alunos e turmas por docentes.
"Ter equipas de combate ao abandono escolar nas escolas onde os alunos vivem situações mais difíceis e por isso têm menos tradição de aprendizagem na sua própria família é uma prioridade para o país", defendeu Francisco Louçã, pelo que o Bloco também propõe multiplicar as equipas multidisciplinares, constituídas por professores, psicólogos, mediadores socioculturais e técnicos de serviço social.
No que respeita ao ensino superior, o Bloco pretende trazer mais 20 mil estudantes para o sistema da acção social, evitando que abandonem o ensino superior, e aumentar em 50 euros o valor médio mensal da bolsa de estudo.
Durante a visita ao Agrupamento de Escolas Luís António
Verney, situado no Bairro Madre Deus, Francisco Louçã pôde comprovar as
condições de degradação a que alunos e professores são sujeitos. Este
equipamento está, inclusive, referenciado para uma intervenção de cerca
de 10 milhões de euros, no entanto, esse processo está actualmente
parado.
Para o coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, a
reabilitação dos estabelecimentos de ensino com mais dificuldades e que
enfrentem "situações sociais mais difíceis" deve ser uma "prioridade".
Louçã alertou para o resultado desastroso dos cortes previstos nos
acordos da troika para a área da Educação, que ascendem a 195 milhões de
euros, numa altura em que o país precisa de ultrapassar o "enorme
défice" que é o abandono escolar.
PS, PSD e CDS-PP vivem num "mundo sigiloso"
Durante a visita ao Agrupamento de Escolas Luís António Verney, no
bairro da Madre de Deus, em Lisboa, Francisco Louçã acusou o PS, PSD e
CDS-PP de viverem "numa espécie de mundo sigiloso, em que se dedicam a
discutir quem é que faz governo, com quem, contra quem, de que forma,
através de que conflitos”, mas de nunca apresentarem uma proposta”.
O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda sublinhou ainda
que estes partidos “não têm nenhuma ideia para apresentar ao país, nem
sobre educação, nem sobre emprego, sobre segurança social silêncio
absoluto, nem sobre nenhuma questão que tenha a ver com a vida das
pessoas".