Viseenses desconheciam data da efeméride mas recordaram alguns direitos
14-Dez-2008
declarao_universal_dh.jpg"Os viseenses foram igualmente ouvidos por nós sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que ontem fez 60 anos de idade. Ninguém sabia que ontem se comemorava a efeméride, mas recordavam-se de alguns direitos inscritos no documento

Fernando Lino é um desses exemplos. Embora referisse não saber que ontem se comemoravam os 60 anos da DUDH, não teve dúvidas em dizer que "nenhuns são cumpridos", pese embora estejam inscritos. "Regra geral não são cumpridos", afiança.
Não deixou de clarificar, no entanto, ser "importante que os jovens comemorem a efeméride nas escolas", uma vez que são o "futuro do país". E sublinha: "Nada tenho contra isso, antes pelo contrário!"
Questionado sobre se se recordava de alguns articulados, aponta que "todos os seres humanos nascem iguais" e que "ninguém deve ser vítima de discriminação racial e económica."

Preocupação

Outra pessoa com quem falámos foi com Carlos Novo, que se mostrou convencido de que os Direitos Humanos (DH) não estão a ser cumpridos em todo o Mundo. "Infelizmente ainda existem ditaduras", aponta.
O comerciante não deixou de nos dizer, contudo, que alguns DH também não são cumpridos em certos países democráticos. "Aí, existem igualmente violações dos Direitos Humanos, havendo discriminação racional e económica", acentua.
Quanto ao conhecimento de alguns articulados inscritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos atirou que "todo o ser humano tem direito à liberdade e à vida", além de sermos iguais, independentemente da raça, confissão religiosa e orientação sexual e política.
O mais crítico de todos foi Eduardo Salvador, segundo quem se vai apercebendo "alguns tiques ditatoriais por parte do Governo". Acrescenta: "Quem viveu há mais de 30 anos, diz que se deve ter, outra vez, cuidado com o que se diz!"
Embora não soubesse que ontem eram comemorados os 60 anos da DUDH, o jovem esclareceu que "dar opinião é um direito que assiste a todos". Embora muitas pessoas confundam opinião com crítica.
"Não deixa de ser preocupante o que hoje se passa", salienta, referindo-se àquele professor que disse mal do primeiro-ministro e que acabou castigado. O caso está, segundo parece, a ser dirimido nos tribunais."

in Diario de Viseu de Quinta-feira, 11 de Dezembro 2008