Parece mentira, mas não é!
05-Abr-2010
Opinião
Texto de Maria da Graça M. Pinto
 
magaapb.jpgNum país mergulhado numa profunda crise económica e social, onde em nome da recuperação económica e financeira se pedem sacrifícios aos portugueses, há um administrador nomeado pela PT que aufere de um salário oito vezes superior ao de Barak Obama, presidente dos EUA.
Neste mesmo país, proliferam os escândalos com a participação de figuras públicas. O mais recente, vindo a público em Portugal, pasme-se, por pressão da imprensa estrangeira, diz respeito aos tortuosos caminhos que rodearam a compra de submarinos a uma empresa alemã, por um governo de direita, em que era ministro da defesa Paulo Portas.

E quem paga a factura dos estragos decorrentes desta economia indecente e imoral?! Os mesmos de sempre, os mais carenciados!
Ao mesmo tempo que se desbaratam recursos públicos, continua a cruzada contra as populações de zonas mais deprimidas. Cortam-se nas verbas destinadas a despesas sociais e encerram-se serviços fundamentais à qualidade de vida das populações.
 Foi o caso do Serviço de Finanças dois, em Viseu e do SAP de Sta Comba, já consumados, e agora o anúncio de encerramento dos SAP de Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Melgaço, Caminha e Valença.
E quando os protestos das populações têm mais visibilidade mediática como é o caso de Valença do Minho, o governo esgrime o estafado argumento da instrumentalização político-partidária. Como se as populações fossem, apenas, marionetas, como se não tivessem capacidade de se mobilizar em defesa dos seus direitos! 
Para quando a consciência de que as pessoas não podem ser tratadas como números?!...
 Esta política geradora de injustiça social, continuará, certamente, a defrontar a firme oposição das populações como aconteceu em Viseu, aquando do anúncio do serviço de Finanças dois, em  Santa Comba Dão contra o encerramento do SAP e, agora, em  Valença do Minho e em tantas outras localidades do País.
Bem pode o Governo brandir o argumento da instrumentalização partidária, os portugueses continuarão a exigir respeito e justiça social!