O Bloco de Esquerda (BE) anunciou hoje que vai apresentar um projeto de resolução para o pagamento dos salários em atraso aos trabalhadores da Casa do Douro (CD) e que garanta a sustentabilidade da instituição representativa da lavoura duriense.Os deputados Rita Calvário e Pedro Soares reuniram hoje, no Peso da Régua, com trabalhadores do quadro privado da organização duriense que se queixaram de oito meses de salários em atraso.
Uma das funcionárias da CD, que não quis ser
identificada, falou no "futuro incerto" e nas dificuldades sentidas em
"pagar as despesas de casa".
A solução encontrada por alguns destes trabalhadores foi a suspensão temporária do contrato de trabalho, o que, segundo disse à Agência Lusa, "permite que entre algum dinheiro no fim do mês".
"Já não acreditamos numa solução para a CD. Escondem-nos tudo, não temos certezas de nada, abafam-nos as nossas declarações a nível da comunicação social. Não vemos qualquer luz ao fundo do túnel", salientou.
A deputada Rita Calvário afirmou à Lusa que o BE vai apresentar um projeto de resolução que vise encontrar precisamente soluções para os salários em atraso e que garantam a sustentabilidade da CD.
Apesar de os trabalhadores afetados serem do quadro privado da instituição, o bloco defende que o Governo deve "adiantar dinheiro" que permita cobrir os salários acusando-o de ter responsabilidade nas dificuldades financeiras do organismo.
"Essas dificuldades prendem-se com opções políticas dos vários governos. Por isso é responsabilidade do Governo dar à instituição a dignidade que ela sempre teve, nomeadamente mantendo as competências que ao longo dos anos foi tendo, como seja o cadastro ou da comercialização dos vinhos", salientou a deputada.
Acrescentou que "ao manter esta agonia da CD, o Governo pretende esvaziar a instituições e aos poucos ir declarando a sua morte".
Rita Calvário referiu ainda que a 07 de julho a Comissão de Agricultura da Assembleia da República recebe o ministro da Agricultura e que o BE vai aproveitar para voltar a questionar o governante sobre o dossier Douro.
Em dezembro de 2009, o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas criou um grupo de trabalho, constituído pela Secretaria de Estado da Agricultura, a CD e o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), para responder com rapidez às dificuldades daquela instituição.
No entanto, até agora ainda não foram anunciadas soluções, nem sequer foi divulgada a proposta negocial entregue pelo Governo à instituição representativa de 40 mil vitivinicultores.
A CD possui uma dívida ao Estado, que ascende a 110 milhões de euros, e ao sistema financeiro, de 20 milhões de euros.
PLI.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim
A solução encontrada por alguns destes trabalhadores foi a suspensão temporária do contrato de trabalho, o que, segundo disse à Agência Lusa, "permite que entre algum dinheiro no fim do mês".
"Já não acreditamos numa solução para a CD. Escondem-nos tudo, não temos certezas de nada, abafam-nos as nossas declarações a nível da comunicação social. Não vemos qualquer luz ao fundo do túnel", salientou.
A deputada Rita Calvário afirmou à Lusa que o BE vai apresentar um projeto de resolução que vise encontrar precisamente soluções para os salários em atraso e que garantam a sustentabilidade da CD.
Apesar de os trabalhadores afetados serem do quadro privado da instituição, o bloco defende que o Governo deve "adiantar dinheiro" que permita cobrir os salários acusando-o de ter responsabilidade nas dificuldades financeiras do organismo.
"Essas dificuldades prendem-se com opções políticas dos vários governos. Por isso é responsabilidade do Governo dar à instituição a dignidade que ela sempre teve, nomeadamente mantendo as competências que ao longo dos anos foi tendo, como seja o cadastro ou da comercialização dos vinhos", salientou a deputada.
Acrescentou que "ao manter esta agonia da CD, o Governo pretende esvaziar a instituições e aos poucos ir declarando a sua morte".
Rita Calvário referiu ainda que a 07 de julho a Comissão de Agricultura da Assembleia da República recebe o ministro da Agricultura e que o BE vai aproveitar para voltar a questionar o governante sobre o dossier Douro.
Em dezembro de 2009, o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas criou um grupo de trabalho, constituído pela Secretaria de Estado da Agricultura, a CD e o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), para responder com rapidez às dificuldades daquela instituição.
No entanto, até agora ainda não foram anunciadas soluções, nem sequer foi divulgada a proposta negocial entregue pelo Governo à instituição representativa de 40 mil vitivinicultores.
A CD possui uma dívida ao Estado, que ascende a 110 milhões de euros, e ao sistema financeiro, de 20 milhões de euros.
PLI.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim