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Burocracia deixa professores com menos tempo para ensinar |
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04-Nov-2008 |
" A insatisfação face ao
modelo de avaliação de professores, criado pelo Ministério da Educação,
está a levar a que muitas escolas avancem com o pedido de suspensão do
mesmo. Viseu não é excepção. O Diário de Viseu falou com presidentes de
escolas da cidade e ficou a conhecer as principais dificuldades com que
os professores se deparam na aplicação deste processo.
O Ministério da Educação
aprovou, a 10 de Janeiro último, o novo regime de Avaliação do
Desenvolvimento Profissional dos Docentes (ADPD), tendo em vista o
reconhecimento do mérito e da excelência.
Este modelo avalia o
desempenho do docente nos mais diversos domínios, nomeadamente, na
assiduidade, na preparação e organização das actividades lectivas, na
relação pedagógica com os alunos, na avaliação das aprendizagens dos
alunos, na prevenção e redução do abandono escolar, na relação com a
comunidade, na formação contínua adequada ao cumprimento profissional e
no desenvolvimento de projectos de investigação e inovação educativa,
entre outros.
Os objectivos individuais da avaliação de desempenho
são fixados por acordo entre os avaliadores e o professor avaliado, com
base numa proposta por este apresentada, no início do período em
avaliação. Os avaliadores, no âmbito deste processo, são os
coordenadores dos departamentos curriculares e os presidentes dos
conselhos executivos ou os directores
A avaliação de desempenho
exige uma abordagem integrada e negociada entre docentes avaliadores e
avaliados. Este processo integra alguns desenvolvimentos burocráticos,
tanto a nível do preenchimento de grelhas avaliativas como em relação a
encontros de orientação entre avaliadores e avaliados.
Fases da avaliação
Em
linhas gerais, o processo de avaliação processa-se de acordo com as
seguintes fases: preenchimento da ficha de auto-avaliação;
preenchimento das fichas de avaliação pelos avaliadores; conferência e
validação das propostas de avaliação com a menção qualitativa de
Excelente, de Muito Bom ou de Insuficiente, pela comissão de
coordenação da avaliação; realização de entrevista individual entre
avaliador e avaliado e realização da reunião conjunta dos avaliadores
para atribuição da avaliação final.
Face à insatisfação revelada
pelos professores em relação a este modelo, são várias as escolas que,
um pouco por todo o país pedem a suspensão deste paradigma de avaliação.
Professores da Escola Alves Martins
pedem suspensão
O
corpo docente da Escola Secundária Alves Martins está a manifestar o
seu descontentamento face à forma como o modelo é implementado.
Num
abaixo assinado, dirigido ao Conselho Pedagógico da Escola, os
professores fazem saber que "não questionam a avaliação de desempenho
como instrumento conducente à valorização das suas práticas docentes,
desde que traduzida em resultados positivos nas aprendizagens dos
alunos e promotora do desenvolvimento profissional".
Os docentes
signatários protestam, ainda, contra o facto de a avaliação, que é
feita entre pares, introduzir "no meio escolar fracturas relacionais" e
potenciar "um clima adverso às boas práticas de partilha e
inter-ajuda". O referido abaixo-assinado solicita uma tomada de posição
do Conselho Pedagógico da Escola, quanto à natureza e ao modo de
implementação do modelo ADPD, exigindo a sua suspensão.
Contactado
pelo nosso Jornal, Brito Castro enumerou algumas das incongruências que
levam a este descontentamento. O presidente do Conselho Executivo da
Escola Secundária Alves Martins refere que o quadro normativo do modelo
tem surgido de uma forma descompassada.
"A formação dos
professores e dos responsáveis pela avaliação apareceu bastante tarde",
menciona. O responsável indica ainda que o "modelo exige muito em
termos de organização". A disponibilidade de tempo que as tarefas
burocráticas requerem, "repercute--se num acréscimo de trabalho para os
professores", o que poderá reflectir-se, igualmente, na aprendizagem
dos alunos.
O presidente considera que "as escolas não estavam
preparadas para tornar o modelo operacional", havendo falta de "período
de experimentação".
Avaliação externa
Também na Escola
Infante D. Henrique circula um abaixo--assinado que requer a suspensão
do modelo de avaliação de professores. Vítor Almeida, presidente do
Conselho Pedagógico, aponta a "carga burocrática excessiva" como uma
das principais dificuldades que este modelo apresenta aos docentes. "Os
professores não estão preparados para aplicar o modelo, há falta de
formação dos avaliadores, bem como falta de cultura de avaliação entre
pares", destaca. "Os professores têm falta de capacidade para avaliar
outros professores e há uma escassez de elementos de avaliação para
adultos. Vítor Almeida propõe que "a avaliação seja centrada num
entidade externa ou numa inspecção, como acontecia anteriormente".
Emídio Navarro
não foge à regra
Na
Escola Secundária Emídio Navarro, o "modelo ainda não está
operacional", mas existe, igualmente, um "pedido formulado de
abaixo-assinado", que pede a sua suspensão. O presidente do Conselho
Executivo da Escola, António Cabral, salienta que os docentes daquela
instituição estão em "desacordo com o modelo a implementar e com as
repercussões que pode trazer".
O presidente chama a atenção para o
elevado número de papelada envolvida. "Normalmente os docentes
queixam-se da excessiva burocratização do modelo", diz. Expressou que a
intranquilidade no sistema transporta uma grande desvantagem. "É algo
que não favorece nem a relação entre o corpo docente, nem o nível de
ensino e aprendizagem". O presidente destaca ainda o facto de a ESEN
defender a "tomadas de decisões consensuais". "
in Diario de Viseu, Terça-feira, 4 de Novembro 2008
imagem, in http://sinistraministra.blogspot.com/
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