|
Car@ leit@r esta é uma
secção sua.
Uma secção onde serão
publicadas as opiniões
que nos enviarem com
esse fim.
Os textos deverão ser
enviados para o e-mail:
Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de e-mail
Não podemos publicar
textos não assinados
ou insultuosos.
|
Site do Bloco de Esquerda de Viseu, Bloco, b.e., Esquerda de Confiança, Juntar Forças, São Pedro do Sul, Vouzela, Tabuaço, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Penedono, Penalva do Castelo, Nelas, Mortágua, Tondela, Vila Nova de Paiva, Tarouca, Armamar, Resende, Cinfães, Carregal do Sal, Sernancelhe, São João da Pesqueira, Sátão, Coração de Jesus, Rio de Loba, Campo, Abraveses, São José, Orgens, António Minhoto, Osvaldo Numão, Maria Graça Pinto, Carlos Vieira, Carlos Couto, Daniel Nicola, Bandeira Pinho, Alexandrino Matos, Rui Costa, Joel Campos, António Amaro, Manuela Antunes, Carla Mendes, Joge Carneiro, Padre Costa Pinto, Francisco Louçã, Marisa Matias, Miguel Portas, Pedro Soares, Magaça
|
|
Crise poderá ser oportunidade para travar desertificação rural |
|
|
|
06-Fev-2009 |
Um mundo de oportunidades ou a crise afecta também a agricultura? Esta é a questão que se coloca, numa altura em que Governo e associações discutem políticas sobre o sector. Os fundos comunitários poderão ser uma tábua de salvação, mas evitar o abandono do mundo rural cabe aos empreendedores que se devem modernizar e acompanhar as novas realidades. Para alguns especialistas, esta é a altura certa para aproveitar dar a volta à crise e criar janelas de oportunidades. Foi o que fez uma mulher agricultora que, teimando em manter-se junto à terra que a viu nascer, resolveu aplicar as suas forças num projecto que quer venha a ser a sua sobrevivência e das característocas do mundo rural. Uma vontade que, contudo, não parece existir nos jovens empresários, já que Portugal é o país com a agricultura mais envelhecida.
O Director Regional da Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) afirmou
que o período de crise internacional poderá ser uma oportunidade para
travar a desertificação rural e de promover iniciativas empresariais.
"Haver êxodo rural é também uma fonte de oportunidades para quem tem
estratégia, para gerar escala", afirmou Rui Moreira, frisando que o
abandono das terras poderá permitir criar empresas rurais rentáveis.
No entendimento do responsável, a Região Centro padece de um "problema
estrutural que vai sendo adiado, que é o que fazer com a terra".
As reduzidas dimensões da propriedade exigem um novo emparcelamento,
que não deverá passar sempre pela intervenção do Estado, mas também da
iniciativa das actividades económicas, explicou o director da DRAPC.
"Confunde-se agricultura de subsistência com actividade empresarial",
observou, acrescentando que poucos são os núcleos empresariais que
entendem a actividade agrícola como actividade empresarial, quando há
alguns sectores, como a floresta, mais rentáveis que outras
consideradas como tal.
Rui Moreira realçou que Portugal gasta diariamente 50 milhões de euros
no estrangeiro só com a importação de produtos alimentares, e "ninguém
pode andar diariamente a tomar o pequeno-almoço fora, a almoçar fora, e
a jantar fora".
Na sua perspectiva, esta situação não é sustentável, e desafia e cria
oportunidades à iniciativa nacional, e apela a uma alteração do olhar
sobre a agricultura.
Também o presidente do Conselho Empresarial do Centro, Almeida
Henriques, expressa a opinião de que a crise mundial poderá ser uma
oportunidade para as iniciativas empresariais, nomeadamente no sector
da agricultura.
"Quem sair desta crise sai reforçado. Não se ganha dinheiro virtual,
ganha-se na agricultura, na indústria extractiva, na indústria
transformadora. Ganha-se onde se acrescenta valor. Volta a oportunidade
de recentrar a atenção" nesses sectores, acrescentou.
Almeida Henriques defendeu também o desenvolvimento de uma consciência
cívica que leve a optar por produtos nacionais, no sentido de
contribuir para a recuperação da indústria portuguesa. Sugeriu ainda a
criação de sectores específicos para a sua venda nos supermercados.
Na óptica do responsável máximo do Conselho Empresarial do Centro, para
travar a desertificação do interior torna-se necessário criar nichos de
empresas em cada município, capazes de estimular iniciativas
empresariais, mesmo as de pequena escala, e difundir clubes de
micro-crédito para as ajudar a surgir.
"Não é possível fixar pessoas sem haver dinâmica empresarial. Não há
receitas mágicas, mas uma coisa pode ajudar, que é a concertação de
pessoas e a difusão de boas práticas", considerou Almeida Henriques.
in Diario de Viseu de Segunda-feira, 2 de Fevereiro 2009
|
|
|
Online |
Temos 48 visitantes em linha |
|
|