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24-Jul-2012 |
Opinião
Texto de Maria da Graça M. Pinto
Há dias, ouvimos o ministro da Educação Nuno Crato afirmar, de forma peremptória, que não há razões para os professores estarem preocupados, que tudo vai bem no reino da educação e que nenhum docente ficará no desemprego em consequência das medidas adoptadas pelo seu ministério. A verdade, Sr ministro, é que a ditadura dos cortes, para além de ser atentatória da qualidade de ensino, irá aumentar, exponencialmente, o desemprego e a instabilidade profissional dos professores. Por trás do discurso da exigência e do rigor, da generalização dos exames como panaceia para todos os males de que padece a educação, o que de facto, está a acontecer é uma brutal ofensiva contra a escola pública e a estabilidade dos docentes.
A criação de mais mega agrupamentos, despersonalizantes e quase ingeríveis o aumento do número de turmas e a revisão curricular, que acaba com áreas como o Estudo Acompanhado, espaço que possibilitava o apoio a alunos com mais dificuldades, irá traduzir-se num aprofundamento das desigualdades , na diminuição da qualidade de ensino e num aumento exponencial do desemprego na classe docente.
Bem pode o ministro da educação tentar fazer passar a mensagem de que tudo vai bem. A perspectiva de 25 mil professores contratados não obterem colocação e o aumento exponencial dos chamados horários zero, são consequências da sua política e mergulham as escolas num clima de instabilidade e desmotivação. A situação um professor e uma professora do Agrupamento de escolas do Caramulo ambos com horário zero no próximo ano letivo apesar dele ser professor há 17 anos e ela há 21 anos ilustram, bem, esta situação.
Mas o Sr. ministro da educação, como o da saúde ainda não percebeu que as pessoas estão fartas de mentiras e de promessas não cumpridas, que não aguentam mais ser tratadas como números, a apresentar aos patrões da troika.
Em resposta às suas medidas, nesta semana tiveram lugar em muitas cidades do país vigílias pela educação onde os professores denunciaram a degradação do ensino, os despedimentos e defenderam a escola pública.
Por seu turno a federação Nacional dos Professores marcou uma manifestação em Coimbra contra os horários zero e o desemprego . Pois é, Sr. Ministro, mais do que nunca os trabalhadores dos serviços públicos não baixam os braços na defesa de serviços de qualidade e da dignidade profissional de quem neles trabalha.
Nuno Crato que se desengane, a ofensiva contra a escola pública continuará a defrontar a oposição de todos os que defendem uma escola pública democrática e o Bloco de Esquerda estará, como sempre, ao seu lado, no parlamento e fora dele!
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