O problema foi levantado durante o simulacro levado a cabo pelo Grupo Motard da PSP de Viseu - Polimotarvis, no dia 11. A acção envolveu motociclos, uma viatura ligeira e um veículo de transporte de combustíveis perigosos. Uma vez que Viseu "é o distrito mais atravessado por cisternas de combustíveis" o grupo Polimotarvis pretendeu lembrar que "num acidente com estas características é obrigatória a presença de um técnico do IMTT". O simulacro acabou por decorrer sem a presença do perito do IMTT.

A jurista do departamento do IMTT em Viseu, Ana Paula Santos, reconhece que "só há peritos habilitados para esta tarefa em Coimbra e na Guarda" e que "em situação real "teria que se deslocar um técnico de Coimbra para Viseu". "Em Viseu não há meios físicos, não há veículo, nem técnicos", reforça a jurista. Em caso de acidente com veículos de transporte de matérias perigosas, a viatura não pode ser deslocada do local de acidente até à chegada do perito do IMTT

Para o Comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro, César Fonseca, a ausência de técnicos em Viseu não constitui um problema "uma vez que, em situação real, o técnico de Coimbra estaria em Viseu em tempo útil". "Não me preocupa, porque este tipo de operações são demoradas e não será uma hora de viagem, que o técnico de Viseu leva a chegar a Viseu, que vai atrasar o processo", refere.

A jurista do IMTT assegurou, contudo, que a falta de peritos na delegação de Viseu não coloca em causa a assistência e o socorro das vítimas envolvidas nos acidentes."