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OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE! PDF Imprimir e-mail
27-Out-2008

carlosvieira.jpgJoseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia em 2001, chamou à presente crise financeira mundial “ a queda do Muro de Berlim do capitalismo”. Estamos, efectivamente, perante a mais grave crise financeira desde 1929. As bolsas de todo o mundo continuam a cair. O sistema capitalista depois de ter incorporado no seu seio globalizante os ex-países de capitalismo de Estado, como a China, a Rússia (ex-URSS) e os seus satélites, deu um impulso indomável ao seu carácter mais selvagem patente na especulação desenfreada nas bolsas que nada produzem;  na obtenção de lucros astronómicos à custa da miséria dos pobres; na acumulação obscena de capital à custa do trabalho e das pequenas poupanças, endividando-nos até ao rebentar da bolha especulativa. 

Andaram trinta anos a vender-nos os dogmas do mercado livre (entenda-se livre da regulação dos governos); da livre circulação de capital (que não de pessoas!); da inevitabilidade da privatização dos serviços públicos (só dos que dão lucro, claro!), a pretexto da pretensa racionalidade superior da gestão empresarial; da superioridade de um sistema que alegam produzir mais riqueza global (ainda que virtual) à custa do acentuar das desigualdades entre ricos e pobres em cada país, mesmo nos mais desenvolvidos.

            Agora, que sentem os cadeirões a tremer, engolem os princípios ideológicos e clamam pela intervenção dos Estado, não para acabar com o regabofe dos “offshores e da lavagem do dinheiro, não para acabar com os vencimentos escandalosos, não para controlar, mas apenas para reequilibrar o sistema, “repondo a igualdade de oportunidades, de forma a poderem vencer os melhores”, como esclarecia, como toda a candura, num artigo de opinião, um catedrático de Economia de uma universidade espanhola. 

            Os mesmos neoliberais que antes queriam privatizar tudo, agora defendem a nacionalização dos bancos que estão a ir à falência. Um governo  como o de José Sócrates que diz que não tem dinheiro para aumentar as pensões dos mais pobres (e Portugal tem dois milhões no limiar da pobreza), agora tira da cartola (isto é, do bolso de todos os portugueses) 20 mil milhões de euros (10% do PIB) para garantir as operações interbancárias em Portugal. Certamente que hoje, no Parlamento, esta proposta do governo que, ao contrário do que se passou noutros países europeus, não marca prazos nem sequer estipula regras contra incumprimentos, será aprovada pelo   PS e pela restante direita. (Digo “restante direita”, porque é altura de chamar os bois pelos nomes e de tirar lições de uma política que tem neutralizado a oposição de direita; um refractário como Manuel Alegre, não chega para perdoar a cobardia de quem aceita votar, ao lado da direita mais preconceituosa e hipócrita, contra a igualdade de direitos, sem discriminações com base na orientação sexual,  consagrada constitucionalmente, e em muitos casos contra a sua própria consciência, como aconteceu com os deputados do PS ao reprovarem os projectos-lei dos Verdes e do Bloco de Esquerda sobre o casamento de homossexuais).

            A recessão esta aí para durar como aconteceu depois da crise de 1929 que se avolumou até 1933 e deu lugar a uma guerra mundial. A recessão chegou aos EUA mesmo antes da crise financeira e já  alastrou para a Europa,  Canadá,  Austrália,  Japão e  Nova Zelândia. Hoje, economistas como o francês François Chesnais (da ATTAC- França) alertam para o perigo de esta crise do capital, aliada à crise climática mundial, poder dar lugar a uma “crise da humanidade”.

            O Orçamento de Estado apresentado pelo Governo é um golpe de prestidigitação eleitoralista. Finge aumentar os funcionários públicos, ao fim de oito anos de perda de poder de compra, quando a inflação ficará inevitavelmente acima da prevista. Faz de conta que resolve o problema da insolvência das famílias endividadas com o crédito à habitação criando Fundos de Investimento Imobiliário de Arrendamento habitacional, na ilusão de que poderão vender as casas e ficar a pagar rendas mais sustentáveis pelas mesmas, mas sem dar garantias de que as famílias não ficarão, no futuro, nas gananciosas mãos  de investidores nestes fundos livres de impostos e taxas, correndo o risco de ficar sem as suas casas após terem andado anos a pagar aos bancos. Estes, agora protegidos pelo nosso dinheiro, depois de nos terem andado a sugar sem dó nem piedade, ficarão com a certeza de que o crime compensa. O BCP falseou contas, discriminou accionistas, prejudicou pequenos aforradores, levando alguns à ruína, escondeu as suas sociedades offshore, perdoou créditos aos amigos, enquanto os gestores recebiam vencimentos escandalosos, mas tudo passou ao lado da entidade reguladora. E tudo ficou impune...

            O Código de Trabalho ao facilitar o despedimento individual e a flexibilização de horários, já levou  Francisco Van Zeller, presidente da CIP – Confederação da Indústria Portuguesa, a confessar: “os governos de direita são mais tímidos. Felizmente temos Sócrates!”. Com este código a precariedade laboral aumentará ainda mais e o desemprego não deixará de atingir níveis ainda mais dramáticos. Mas, sosseguem, pelo menos, os viseenses. Os desempregados terão um apoio institucional que os animará a ultrapassar as maiores dificuldades. Pelo menos a avaliar por uma reportagem da Rádio Noar de cobertura do Fórum Sobre a Pobreza que se realizou há poucos dias na Escola Profissional de Torredeita. A rádio pôs no ar a intervenção de Luís Dias, de 56 anos de idade, telefonista/recepcionista na Santa Casa da Misericórdia do Fundão que se queixou de,  apesar de estar á beira da cegueira total, só conhecendo a pessoas pela voz, e uma vez que aquele trabalho acabará no fim do ano, receava voltar a ter de viver do rendimento Social de Inserção (92 euros por mês) que só lhe permitia comer arroz e massa sem mais nada a acompanhar. De seguida ouviu-se a resposta do director do Centro de Emprego de Viseu que virando-se para Luís Dias, lhe disse que ninguém pode ficar à espera  que os centros de empregos lhe resolvam os problemas, (os três funcionários em Viseu não podem acudir aos 7.558 desempregados inscritos), mas que, no lugar dele, com problemas de visão, aproveitaria o apoio financeiro do Estado, “compraria uma carrinha e iria de boina branquinha, vestido como deve ser, vender peixe limpo porta-a-porta”.

            Portanto, desempregados portugueses, já sabem: a solução para o vosso problema é suicidarem-se...vestidos como deve ser! Assim, como assim, com a crise do pequeno comércio, qualquer investimento seria sempre um suicídio. Mas, claro, sempre seria menos um desempregado nas estatísticas.

             

 
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