Home Notícias Fábrica de Mangualde da PSA Citroën suspende produção por dez dias
|
Car@ leit@r esta é uma
secção sua.
Uma secção onde serão
publicadas as opiniões
que nos enviarem com
esse fim.
Os textos deverão ser
enviados para o e-mail:
Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de e-mail
Não podemos publicar
textos não assinados
ou insultuosos.
|
Site do Bloco de Esquerda de Viseu, Bloco, b.e., Esquerda de Confiança, Juntar Forças, São Pedro do Sul, Vouzela, Tabuaço, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Penedono, Penalva do Castelo, Nelas, Mortágua, Tondela, Vila Nova de Paiva, Tarouca, Armamar, Resende, Cinfães, Carregal do Sal, Sernancelhe, São João da Pesqueira, Sátão, Coração de Jesus, Rio de Loba, Campo, Abraveses, São José, Orgens, António Minhoto, Osvaldo Numão, Maria Graça Pinto, Carlos Vieira, Carlos Couto, Daniel Nicola, Bandeira Pinho, Alexandrino Matos, Rui Costa, Joel Campos, António Amaro, Manuela Antunes, Carla Mendes, Joge Carneiro, Padre Costa Pinto, Francisco Louçã, Marisa Matias, Miguel Portas, Pedro Soares, Magaça
|
|
Fábrica de Mangualde da PSA Citroën suspende produção por dez dias |
|
|
|
21-Nov-2008 |
Depois de a Renault de Cacia e de a Autoeuropa, em Palmela, terem suspendido a produção, a unidade da PSA Citroën suspende produção por dez dias.
"Citroën, em Mangualde, está a seguir o mesmo caminho. A fábrica anunciou ontem que vai parar a actividade durante dez dias em Dezembro.
O director-geral da unidade de Mangualde da PSA Citroën, Juan Muñoz Codina, afirmou que a "baixa de dois dígitos [da procura] nos mercados automóvel da Alemanha, Itália e Espanha", que caiu 40 por cento, está a tornar difícil manter os actuais níveis de produção. "Compromete-se assim toda a organização da produção com base nos pedidos de carros", esclareceu o responsável.
A PSA Citroën junta-se assim à Renault e à Autoeuropa, que também estão com a produção suspensa. A unidade de Cacia da Renault vai manter-se encerrada até Dezembro, depois de a fabricante francesa ter anunciado que iria cortar a produção em 25 por cento em todo o mundo no quarto trimestre do ano. A paragem na Autoeuropa estende-se até sexta-feira e está prevista uma nova pausa entre os dias 11 e 17 de Dezembro.
Em todas as construtoras automóvel, a causa para o corte na produção é a mesma: a necessidade de fazer face à quebra nas vendas e de ajustar a produção para garantir a produtividade das fábricas. Para já, só a unidade fabril da Toyota Caetano Portugal, em Ovar, consegue escapar à crise e até prevê terminar o ano com um acréscimo de 20 por cento da produção.
Mas não é só ao nível do fabrico de automóveis que a crise se faz sentir. As fábricas de componentes para o sector e os stands de vendas de automóveis também estão a ser penalizadas. A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) afirmou ontem que a redução do volume de encomendas das suas associadas subiu para os 40 por cento, mais dez por cento do estimado em Outubro. A associação antevê o encerramento de algumas empresas e prevê que cerca de 12 mil pessoas tenham os seus postos de trabalho em risco. Nos stands as quebras nas vendas variam entre os 20 e os 50 por cento. Os vendedores atribuem o agravamento da situação à falta de crédito.
A Associação Nacional das Empresas de Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA) pediu ontem a imediata suspensão do aumento do Imposto Sobre Veículos (IVS), previsto no Orçamento do Estado para 2009, sob pena de se agravar ainda mais a situação do sector em Portugal. Para o secretário-geral da ANECRA, Jorge Neves da Silva, "tem que se adiar a aplicação destas medidas e acabar com o IVA sobre o ISV", criando ao mesmo tempo benefícios para a indústria e comércio automóvel, "sob a forma de crédito ao investimento e à tesouraria".
A situação em que sector automóvel se encontra levou o ministro da Economia, Manuel Pinho, a convocar uma reunião, no final da semana, com fabricantes de automóveis e componentes para analisar o futuro do sector. "
in Publico.pt , 20.11.2008
"A fábrica PSA Citroën, em Mangualde, vai suspender a produção de 10 de Dezembro a 5 de Janeiro, aproveitando o período de férias de Natal. A quebra na procura no seguimento da crise internacional é a razão apontada pelos responsáveis pela fábrica para interromper a produção.
A medida para diminuir a produção foi anunciada pelos administradores da empresa há quatro dias e irá afectar todos os funcionários. O salário será pago na totalidade aos funcionários que acordaram com a empresa uma bolsa de horas
De acordo com o representante dos trabalhadores da PSA Citroën, Jorge Abreu, os trabalhadores ficam dez dias em casa e "quando a empresa necessitar os trabalhadores têm de ir trabalhar, seja fim-de-semana ou feriado".
Jorge Abreu afirma que os funcionários foram apanhados de surpresa e que se trata de "uma medida cruel". "Uma bolsa de horas tem sempre cedências de ambas as partes, mas esta penaliza os trabalhadores, porque ninguém garante que depois de Janeiro a empresa continue a operar em Portugal. Esta bolsa de horas não foi negociada", refere o representante dos trabalhadores.
Para o funcionário, é "um contra-senso" suspender a produção durante 10 dias mas "convocar aos trabalhadores que trabalhem no dia 1 de Dezembro, feriado nacional, para produzirem mais de 300 carros".
Jorge Silva entende que a empresa irá "aproveitar-se da fragilidade do mercado para convocar os trabalhadores quando bem entender"
A fábrica da PSA Citroën produz cerca de 300 carros por dia e opera com três turnos. "Até hoje não houve qualquer alteração na produção
Os funcionários receiam que a redução na produção leve ao despedimentos de funcionários e ao corte de um dos turnos.
Os funcionários dizem "viver uma situação caótica" e uma "preocupação constante", por não terem garantias em relação à manutenção da empresa em Portugal. "
In Jornal do Centro , ed. 349, 21 de Novembro de 2008
|
|
|
|
|