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Alunos da Emídio Navarro fazem greve! |
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01-Dez-2008 |
"O portão da Escola Secundária Emídio Navarro apareceu, | na manhã de sexta-feira, fechado a cadeado. Ninguém sabe quem foi mas a Associação de Estudantes aproveitou o sucedido e liderou um protesto que durou o dia inteiro. Nenhum aluno entrou na escola para assistir às aulas, nem para fazer a refeição do almoço.
Os alunos da Escola Secundária Emídio Navarro (ESEN) não entraram no edifício escolar, durante o dia de ontem. Firmes e debaixo da chuva, nenhum aluno furou o protesto que a Associação de Estudantes tomou como sua.
"O cadeado já cá estava, pela manhã, quando chegámos. Ninguém sabe quem o colocou mas, também não queremos saber. Tomámos a liderança da greve às aulas, porque estamos contra o novo Estatuto do Aluno", reivindicam vários elementos da Associação de Estudantes.
O presidente da Associação, Bruno Martins e os restantes elementos, Ricardo Almeida, Daniela Pereira e André Sobral, contaram ao Diário de Viseu que não podem aceitar que "se reduza o número de dias para justificar as faltas, por exemplo". "Há muitos alunos que só vêem os pais ao fim-de-semana, como é que se justifica uma falta de uma segunda ou terça-feira?" conta Ricardo Almeida.
Também as aulas de substituição são alvo de crítica. "As aulas são uma treta, porque são dadas por professores de outras disciplinas e não estamos a fazer nada lá dentro", acusam. "Tratam-nos como aos miúdos da primária, trancados dentro da sala quando o professor falta", compara Daniela Pereira.
Segundo os estudantes "o cadeado já estava no portão pelas 6 horas da manhã" e, quando chegaram., "antes das 8 horas", aproveitaram o sucedido "para não deixar entrar ninguém na escola e fazer o protesto". "Entretanto, a polícia chegou e cortou o cadeado, usando até de alguma brutalidade para o fazer", acusam os estudantes.
Uma situação que o comandante da PSP de Viseu, Vítor Rodrigues, não aceita como verdadeira. "É totalmente mentira. Não é a primeira vez que os miúdos fazem esse tipo de acusação e, também por isso, os cuidados foram ainda superiores por parte dos agentes, precisamente para não dar azo a este tipo de atitude, mas parece que pegou moda acusar a polícia de violência quando é a própria PSP que é empurrada pelos jovens, na tentativa de impedir que façam o trabalho deles".
Vítor Rodrigues conta ainda que, "após tanto empurrão, o oficial falou com um dos jovens que liderava a manifestação, que tinha o megafone, no sentido de tentar apaziguar os ânimos, o que acabou por resultar".
Presidente do executivo respeita estudantes
O presidente do conselho executivo da Escola, António Cabral, explicou aos jornalistas que "o protesto dos alunos decorreu com serenidade e muita calma, sem incidentes". "Os funcionários e professores entraram na escola e estamos prontos para, caso os alunos queiram, dar as aulas normalmente".
António Cabral refere que foi falar com os alunos, pela manhã, "no sentido de perceber se algum deles estava interessado em entrar, de modo a salvaguardar os interesses de todos e também se havia algum aluno que estivesse interessado em usar a cantina para almoçar. Todos se recusaram . A manifestação não tem qualquer tipo de apoio do conselho executivo, nada foi formalizado mas, respeito integralmente a sua posição e tratei-os com cordialidade, até porque contra a escola não têm nada a manifestar.l "
in Diario de Viseu de Sabado, 29 de Novembro 2008
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