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Viseu somos todos nós?!... PDF Imprimir e-mail
04-Out-2009
dscn4699.jpgA escola do primeiro ciclo do Bairro Municipal apinhou-se de moradores que assistiram à projecção do vídeo “O Bairro” e à divulgação de apontamentos fotográficos do último contacto dos candidatos do BE com os residentes.
Os candidatos do Bloco de Esquerda à Câmara e à Assembleia Municipal de Viseu, ouviram, na primeira pessoa, relatos de vidas comprometidas pela política de ostracização a que os habitantes deste bairro têm sido sujeitos. Vidas precárias de quem, há décadas, vê a identidade do bairro ameaçada pelos sucessivos anúncios de demolição das casas e pela demissão camarária no que respeita à conservação das habitações e ao apoio social!

A Candidatura do Bloco de Esquerda à Autarquia Viseense realizou no passado sábado um encontro com os moradores do Bairro Municipal de Viseu no qual foi possível ouvir as suas angústias quanto ao futuro e as amarguras pelo esquecimento a que estão votados há décadas pelos sucessivos executivos municipais, que ameaçam de demolição o bairro há mais de 40 anos. Esta espécie de terrorismo social e psicológico revela a perversidade com que a Câmara Municipal de Viseu trata os seus inquilinos mais pobres. Reféns de uma demolição que nunca chegou, foram assim adiando durante décadas a realização de obras de melhoramento significativas com medo de verem as suas parcas poupanças serem destruídas pela pá de uma qualquer retro-escavadora (obras que são de resto responsabilidade do senhorio, a CMV) levando à situação actual de degradação generalizada.

Este encontro começou com a projecção do documentário de Raquel Castro "O Bairro" (2002) que retrata a vida deste antigo recanto da cidade e das suas gentes, e onde se pôde constatar que já na altura se vislumbrava um total desagrado por parte dos moradores relativamente ao abandono e degradação das casas por parte da CMV. Muitas das pessoas retratadas encontravam-se presentes, outras foram falecendo com o passar dos anos. Aliás, a máxima de que "o tempo resolve" parece ser a política levada a cabo e tomada à letra pela edilidade, que assim vê decrescer o número de pessoas a realojar futuramente numa total falta de desrespeito pela dignidade humana. Quem se imagina a viver décadas na ameaça de ver a sua casa demolida? Pequenas e humildes casas com mais de sessenta anos que nunca sofreram obras de fundo devido ao argumento de que eram para ir abaixo. As pessoas lá foram "desenrascando" conforme as possibilidades, mas sempre com medo de as suas parcas economias serem investidas numa casa que não é delas e que em breve seria demolida.

img_0819size.jpgNa discussão que se seguiu os moradores desmentiram por completo as declarações de Américo Nunes apelidando-as de "aldrabice" quando confrontados com as afirmações do vice-presidente da CMV na Assembleia Muncipal que havia garantido ao Bloco de Esquerda que tinham sido os moradores a escolher a solução da demolição, denunciando ainda os truques sucessivos da autarquia para ir tentando calar o descontentamento como a recente intervenção eleitoralista de fachada "que lavou a cara" mas não esconde a degradação dos telhados e interiores que ameaçam a segurança e qualidade de vida das pessoas. Repugnante é o facto de cada vez mais ratos se acercarem das moradias habitadas, isto após o abandono e transformação de algumas casas em armazéns onde a CMV deposita materiais de construção e lixo . Há habitantes que já tiveram que aumentar o número de gatos para combater a praga, ao que isto chegou! E se a CMV pintou as fachadas das casas e colocou um novo tapete de alcatrão é porque a situação é para perdurar.


 
O projecto da CMV é uma cedência à especulação imobiliária. Estes terrenos foram destinados pelos proprietários de então à habitação social. A solução passa pela reconstrução e ampliação das mais de 100 casas existentes e oferecer a possibilidade de compra aos moradores, como de resto estes defendem e como se fez em bairros semelhantes pelo resto do país, evitando assim "engaiolar" (como por ali se comentava) as pessoas em blocos e vender o terreno restante aos empreiteiros. A memória futura não se consegue com a preservação de seis casas como a autarquia pretende,  porque o que caracteriza o Bairro Municipal é a disposição dos seus arruamentos, as moradias rasteiras com quintal, as relações de vizinhança, as vivências, as crianças que brincam sem receio na rua... Existem por lá mais de cinquenta casas desabitadas sabendo nós da imensa dificuldade pela qual algumas pessoas passam actualmente no acesso à habitação.
A CMV tem reconhecido recentemente alguns erros como demonstram o anúncio de futuras intervenções no mercado 2 de Maio, Praça 21 de Agosto e Parque da Cidade, o recuo no que toca à decisão de deslocar a feira semanal, as obras na Cava de Viriato ou as medidas de segurança no Funicular. Se em alguns deles haverá custos agravados pelo mau planeamento, no caso do Bairro Municipal ainda se vai a tempo de evitar a demolição, um grave erro que manchará o último mandado de Fernando Ruas.  O Bloco de Esquerda defende assim a manutenção do Bairro Municipal através da recuperação das casas, mantendo a sua traça original mas ampliadas de modo a respeitar os padrões de hoje, proporcionando assim a dignidade devida a estes moradores.

 
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