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E EM VISEU HÁ LIBERDADE DE IMPRENSA?... PDF Imprimir e-mail
16-Fev-2010
   Opinião
Texto de Carlos Vieira
 
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     Paulo Rangel fez uma triste figura no Parlamento Europeu ao acusar o governo português de querer controlar a comunicação social, pondo em causa a “liberdade de expressão” em Portugal, | dando como exemplo o caso de Mário Crespo que “viu censurada uma crónica sua, por sugestão, ou aparente sugestão, do primeiro-ministro”, pelo que Portugal já só formalmente seria um Estado de Direito.  Em primeiro lugar, o candidato à liderança do PSD devia ser mais rigoroso. É verdade que as dúvidas deontológicas do director do Jornal de Notícias seriam justas se estivesse perante uma notícia, mas, tratando-se de um artigo de opinião, apesar da fragilidade de um relato às três tabelas, parece-me um excesso de zelo (chamar-lhe censura é exagero. Escrevi crónicas durante dois anos para o J.N. e nunca fui censurado). No entanto,  responsabilizar Sócrates por tal acto concreto não deixa de ser um excesso de imaginação. Em segundo lugar, o mesmo Paulo Rangel, em 21.10.2009, no Parlamento Europeu, votou contra uma resolução (reprovada por três votos) que criticava os ataques de Berlusconi à liberdade de imprensa em Itália, o que já tinha provocado uma manifestação, em 4.10.2009, de cerca de 300 mil italianos, fartos dos escândalos de tráfico de influências do primeiro-ministro que, para além dos “media” públicos, controla três canais privados de televisão e vários jornais.
Já quanto às revelações do jornal Sol, aí sim, importa esclarecer os portugueses se o Governo ou o primeiro-ministro interferiram na decisão da PT de comprar a TVI. Esta é uma questão política que compete ao Parlamento português investigar, uma vez que se trata de matéria que não está sob investigação judicial. Mesmo dentro do PS há quem defenda, como Vera Jardim,  que se deve “ouvir todos os envolvidos” , uma vez que, como também disse Ana Gomes, “o conteúdo não foi desmentido e não basta varrer o lixo para debaixo do tapete.”
    Claro que em matéria de controlo da comunicação social não há virgens inocentes. Ficou provado a interferência de dois ministros do Governo de Santana Lopes na decisão da TVI de acabar com o programa de Marcelo Rebelo de Sousa. O “Expresso” não publicou uma crítica literária demasiado negativa sobre o escritor Miguel Sousa Tavares, cronista  do jornal, e dispensou o jornalista João Carreira Bom depois deste ter escrito uma crónica a chamar “rei do telelixo” a Balsemão, dono daquele semanário. E também não esqueço que o mesmo Sol que agora trava uma lucrativa cruzada semanal pela liberdade de expressão, publicou um editorial, em 2005, onde o seu director afirmava que “as manifestações são legítimas, mas têm todas um fundo antidemocrático, porque querem obrigar os governos a tomar medidas contrárias aos seus programas”.
    Vicente Jorge Silva, que depois de ter sido director do Público (onde deu uma ajuda a Guterres para chegar a primeiro-ministro) chegou a ser deputado independente do PS, foi dos primeiros a denunciar, já há uns anos,  numa entrevista,  a obsessão de Sócrates em controlar a comunicação social. Não me admira, portanto, que vão surgindo novas revelações, novas contradições e novas ondas que Sócrates dificilmente surfará.
    Hoje, a imprensa mundial atravessa uma crise sem precedentes, devido à concorrência da Internet e dos jornais gratuitos. As falências e as fusões levaram à concentração da propriedade, o que limita a diversidade da oferta. Os jornais deixam de pertencer a jornalistas profissionais e passam para as mãos de empresários, bancos ou grupos multinacionais com o lucro como objectivo exclusivo ou como instrumento de pressão sobre o poder político.

O DECLÍNIO DA IMPRENSA REGIONAL

    Em Viseu e na nossa região para além de terem desaparecido alguns títulos (Voz das Beiras, Correio Beirão, Viseu Informação, Banca de Ideias) temos vindo a assistir ao declínio dos jornais e rádios locais. Também a imprensa nacional tem vindo a reduzir a sua cobertura regional. O Público e o Jornal de Notícias acabaram  com a “Edição Centro”, ficando agora a nossa região integrada na “edição Porto”, do primeiro, e “edição Norte”, do segundo. O Público só reserva, por norma, uma folha para o “Local”, o que faz com que muito raramente apareça uma notícia sobre Viseu. O Jornal de Noticias (o jornal mais vendido do país graças à excelente cobertura regional, sobretudo no Norte e Centro), depois da fusão por incorporação do Diário de Notícias, em 2003, despediu centena e meia de jornalistas, incluindo um dos dois excelentes profissionais que tinha em Viseu, Rui Bondoso. Também a Rádio NoAr viu asua imagem de marca, a qualidade informativa, na “escola” da TSF, com quem trabalhava em rede,  ao ficar sem  noticiários locais aos Sábados e Domingos, devido ao despedimento do jornalista Clemente Pais da Silva. Com 25 anos de carreira (Diário Popular, Público, Sábado, TSF) Clemente foi autor de uma reportagem de antologia na “Sábado”: “De mão estendida”, com fotos de Eduardo Gageiro, tendo passado duas semanas disfarçado de mendigo. Fernando Ruas, na apresentação da sua última candidatura à Câmara Municipal de Viseu, dedicou uma parte do seu discurso a “malhar” na “rádio do costume”, a “que faz directos com os amigos”, numa alusão à reportagem que Clemente Pais da Silva fez de uma  Conferência de Miguel Ginestal que, por sinal, até nem foi transmitida em directo.
    Foi graças a uma reportagem da Rádio NoAr que ficámos todos a saber que o nosso presidente da Câmara incitara os presidentes das Juntas a correrem à pedrada os vigilantes da natureza. Não se sabe se as queixas de Fernando Ruas tiveram alguma coisa a ver com o despedimento de Clemente Pais da Silva, mas a verdade é que depois do caso das pedradas, deixou de se ouvir publicidade da autarquia na NoAr e, democraticamente,  nas outras rádios da cidade. Também não se vê publicidade das grandes empresas da região nos “media” locais.
    O Grupo Lena, que recentemente comprou a Rádio NoAr, já tinha comprado o Jornal do Centro, donde foram despedidos vários jornalistas. Um dos primeiros foi o cartoonista Gil,  com a desculpa de que o grupo Lena já tinha cartoonistas noutros títulos. Nunca mais o jornal viu um cartoon. Mas consta que muita gente bem colocada se sentiu incomodada com o humor satírico de Gil. Quem perdeu foi o jornal e os seus leitores. Quem perde com este afunilar da comunicação social é a democracia, a cidade,  a região e o país, cada vez mais sorumbático.  

Carlos Vieira e Castro

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