Home Opinião O dia Internacional da Mulher e a agenda feminista
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O dia Internacional da Mulher e a agenda feminista |
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17-Mar-2010 |
Opinião
Texto de Maria da Graça M. Pinto
Na semana que agora finda, cumpriu-se mais um 8 de Março, dia Internacional da Mulher.
Foi por iniciativa da II Internacional Socialista, reunida em Congresso em 1911, que neste dia se passou a celebrar a luta contra as desigualdades com base no género. O objectivo foi prestar homenagem às mulheres de todo o Mundo que lutavam pelos seus direitos, com particular destaque para as americanas que, a 8 de Março de 1857 e de 1909, tinham desenvolvido grandiosas jornadas de luta nas fábricas e nas ruas.
Nos finais do século dezanove, início do século vinte, as mulheres
lutavam pela diminuição do horário de trabalho, sendo que,
posteriormente, a estas causas, se juntaram a luta pela paz e pela
democracia..
Infelizmente , na primeira década do século vinte e um , as mulheres
continuam longe de ter conquistado a igualdade de direitos em todo o
Mundo e o Dia Internacional da Mulher, continua a lembrar-nos a
importância da solidariedade e da luta.
Mesmo na Europa, onde se deram importantes passos na direcção da
igualdade de direitos, persistem sinais preocupantes de discriminação
com base no género.
No caso de Portugal , os dados falam por si.
As mulheres constituem a maior fatia dos desempregados (63%)
percentagem das mais elevadas da Europa. Esta situação verifica-se
tanto na procura do primeiro emprego como na procura de novo emprego.
Quando olhamos para os salários em Portugal verificamos que elas
recebem menos 18,7% do que os homens.
No que se refere ao exercício de cargos políticos, as desigualdades
tornam-se evidentes. No Governo elas são 10 em 55; no Conselho de Estado
1 em 18; na AR 68 em 230; na presidência das Autarquias 21 em 308. No
que respeita à Administração Pública são apenas 28,9% nos cargos de
topo, ao passo que nos níveis inferiores são a esmagadora maioria.
Hoje, em tempos de globalização neoliberal e de crises, também elas
globais , as manifestações de luta e solidariedade assumem um carácter
cada vez mais planetário, como é o caso da Marcha Mundial das
Mulheres, grande torrente de vontades que, em todo o Globo a uma só
voz, afirmam a disposição de se baterem por mais justiça e igualdade
de direitos .
Enquanto persistir discriminação com base no género, a agenda feminista
continuará a estar na ordem do dia!
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