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DEPUTADA DO BLOCO NA DEFESA DA CULTURA E DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO DA REGIÃO |
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26-Mai-2010 |
No passado Domingo, a deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, esteve nos concelhos de S. Pedro do Sul e Castro Daire, acompanhada por dirigentes distritais do BE e pelos deputados municipais bloquistas em S. Pedro do Sul, Rui Costa e Alberto Figueiredo.
A preocupação com a reabilitação e conservação das Termas Romanas de S. Pedro do Sul, que já tinha levado o Bloco de Esquerda a propor a inscrição em PIDDAC de uma verba para o efeito, levou a deputada Catarina Martins a uma visita ao “Balneum” Romano, guiada pelo presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, António Carlos Figueiredo.
O Bloco de Esquerda apresentou hoje, terça-feira, 25 de Junho, na
Assembleia da República um requerimento ao ministério da Cultura
perguntando se considera aceitável que o IGESPAR tenha declarado nulo,
em Janeiro de 2010, o protocolo assinado entre o organismo que o
antecedeu, o Instituto Português do Património Arquitectónico, e a
Câmara Municipal de S. Pedro do, Sul para a reabilitação deste
monumento nacional, com base numa alegada incompetência do IPPAR para
assumir essa outorga em nome do Estado, pondo assim em causa a
necessária confiança e estabilidade nas relações entre o Ministério da
Cultura e as Autarquias e adiando de forma irresponsável a recuperação
do monumento de forma a devolvê-lo às populações, colocando-o ao serviço
do turismo cultural de uma região tão rica do ponto de vista do
património natural e histórico.
Classificado como Monumento Nacional desde 1938, o balneário romano é
constituído por uma piscina monumental, em que teriam sido aproveitadas
as águas quentes e sulfurosas para banhos, ao lado da qual se localiza
uma “piscina afonsina”, também de origem romana, mas assim chamada por
ali se ter tratado D. Afonso Henriques dos ferimentos sofridos na
batalha de Badajoz, que passou por sucessivas remodelações até à Rainha
Dona Amélia. Neste momento, o avançado estado de degradação deste
Monumento Nacional, alvo de sucessivas pilhagens, anuncia o seu iminente
colapso.
A delegação do Bloco de Esquerda teve ainda um encontro com José Carlos
Chã e José Carlos Guerra, da direcção do Cénico de S. Pedro do Sul,
grupo de teatro amador fundado em Setembro de 1971, Jaime Gralheiro,
José Oliveira Barata e Manuela Cruzeiro, com pergaminhos no património
cultural da região. A actual direcção do Cénico está empenhada na
revitalização da nova sede, com o apoio da autarquia são pedrense, mas
lamenta a falta de financiamento para a necessária e urgente renovação
do equipamento de luz e som (cerca de 20 mil euros). Certamente que os
três técnicos de que dispõe, licenciados em teatro, em luz e som e em
produção de espectáculos, poderiam ser rentabilizados se colocados ao
serviço do Cine-Teatro (que o ministério de Manuel Maria Carrilho mandou
reconstruir, a partir do teatro inaugurada em 1925 por Amélia Rey
Colaço), que assim poderiam colmatar a ausência de uma programação
regular com qualidade.
Ainda em S. Pedro do Sul, os bloquistas encontraram-se com Luís Costa,
da Associação Cultural de Nodar e da Binaural, entidades que coordenam o
Centro de Residências Artísticas de Nodar, um espaço dedicado à arte
contemporânea, na área da criação da arte sonora, em contexto rural, que
já levou às serras de S. Pedro do Sul e Castro Daire muitos artistas
nacionais e estrangeiros que ali interagem com a população. Aquele
dirigente associativo conduziu a delegação do BE num passeio por algumas
das 15 aldeias que integram o projecto Aldeias do Magaio (“magaio” é o
nome celta do actual monte de S. Macário) , uma rede de associações
culturais e recreativas de aldeias serranas que partilham o isolamento e
a desertificação humana do interior mais inóspito, unidas num projecto
que pretende coordenar actividades de promoção cultural, ambiental,
social e económica a partir do património cultural e paisagístico
enraizado na tradição popular.
Por último, a deputada e os dirigentes distritais do Bloco de Esquerda
pararam no alto da Serra do Montemuro, onde se encontraram com Eduardo
Correia e Paula Teixeira, do Teatro Regional da Serra do Montemuro,
grupo já profissionalizado, que tem contribuído de forma exemplar para o
enriquecimento da cultura rural, ao mesmo tempo que se tem vindo a
afirmar como uma referência do teatro em Portugal, mas também já com um
currículo assinalável no estrangeiro. Não é certamente por acaso que a
aldeia de Campo Benfeito que há dez anos tinha duas ou três crianças,
hoje tem treze.
Texto:Carlos Vieira e Castro
Fotografia: Carlos Couto
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