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REMODELAÇÃO VINGA DALILA RODRIGUES |
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09-Fev-2008 |
Isabel Pires de Lima deixa atrás de si um "rasto de destruição e retrocesso" na Cultura portuguesa, como é referido na petição que já ia perto de três mil artistas, criadores e agentes culturais, dirigida ao primeiro ministro a exigir a sua demissão. São quase mais mil pessoas do que as que subscreveram a petição on-line de apoio a Dalila Rodrigues, repudiando o seu afastamento de directora do Museu Nacional de Arte Antiga, onde estava a fazer um trabalho notável, como já tinha feito no Museu Grão Vasco.
"Há horas felizes!" Não para a ex-ministra da Cultura, que até se pode sentir aliviada por ter sido autorizada pela Comissão de Ética da AR a regressar ao Parlamento, mas, sobretudo para Dalila Rodrigues que, um dia depois de Isabel Pires de Lima ter sido despedida, lançou em Viseu, no Teatro Viriato, o seu livro sobre "Grão Vasco". Trata-se de uma edição muito cuidada da "Aletheia Editores", com um excelente grafismo. Dalila Rodrigues, numa linguagem acessível, repõe a verdade sobre alguns mitos biográficos do mestre renascentista e analisa a evolução da sua obra, relacionando-a com as paisagens e as personagens que rodeavam o "Grande Vasco". Para os viseenses será ainda uma oportunidade de viajar no tempo pelas ruas e ambientes da Viseu quinhentista de que ainda restam belos vestígios.
Muita gente esteve presente no Teatro Viriato, com representantes oficiais, civis, militares e religiosos (o bispo de Viseu esteve na mesa, ao lado da editora Zita Seabra, do "sponcer" Fernando Ruas, e do anfitrião Paulo Ribeiro, talvez numa espécie de alusão histórica à importância que teve a Igreja, a principal encomendante das obras de Gão Vasco e à "a acção decisiva do bispo D. Miguel da Silva não apenas no percurso artístico do pintor, mas nas reformas que promoveu na cidade", como diz a autora no livro). Porém, não devemos esquecer que foi no Renascimento que começou a separação da Igreja e do Estado, com o próprio Estado Papal (com os Bórgias, por exemplo) a lançar-se na secularização à medida que ia aumentando o seu poder terreno e o seu pecaminoso epicurismo. Boccaccio e Maquiavel testemunharam-no.
Mas, no meio de tanta gente, uma ausência inundou o espaço acanhado do "foyer" do Teatro Viriato: a da actual directora do Museu Grão Vasco. Ouvi dizer que uma consulta médica a obrigou a fazer-se representar por um elemento da equipa técnica do museu. Equipa que, aliás, esteve presente em peso, num reconhecimento pela competência de Dalila Rodrigues na direcção de uma equipa que tinha estado e continua a estar subaproveitada e sujeita a pressões e perseguições. Ana Pais Abrantes respondeu, em entrevista ao Diário Regional, às críticas de Dalila Rodrigues à ausência de projecto da actual directora, afirmando que tinha feito várias iniciativas: para além de trabalhos de restauro, promoveu o "Museu porta a porta" que "foi muito bem recebido pelo Hospital de S. Teotónio". Não duvido que o Hospital, ao ver o estado do museu, lhe tenha dado prioridade máxima no serviço de urgência.
Até Fernando Ruas, a quem Dalila agradeceu o apoio ao livro, disse ter saudades das parcerias que fez com o Museu no tempo em que ela foi directora.
Carlos Vieira
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