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17-Nov-2010 |
Opinião
Texto de Maria da Graça M. Pinto
Contrariando as previsões de muitos analistas económicos e do próprio Ministro das Finanças, que anunciavam que os juros da dívida pública iriam baixar com a aprovação do Orçamento do Estado para 2011, a taxa de juro ultrapassou já os 7%, fasquia apontada por Teixeira dos Santos para o Governo equacionar a necessidade da intervenção do FMI em Portugal.
O nervosismo dos mercados, razão avançada por muitos
analistas para justificar este crescendo dos juros da dívida pública,
mais não é do que uma tentativa de tapar o sol com a peneira . A grande
questão de fundo é que quanto mais fraca estiver a economia portuguesa
mais vulnerável estará à especulação financeira.
Os argumentos de que se prendem com a ordem financeira
global soam a déja vu!. A necessidade de acalmar o nervosismo dos
mercados e a de obviar a que o FMI aterrasse na Portela foram ,
ontem, como hoje, as razões invocadas para justificar um acordo entre
o PS e o PSD, que se traduziu em novos sacrifícios, para a maioria dos
portugueses, em nome do interesse nacional.
O FMI não vem aí, já cá está, e os portugueses
conhecem-no bem através dos Programas de Estabilidade e Crescimento
1, 2, e 3, que impuseram medidas como o corte nos salários.
Entretanto, os mercados financeiros não deram sinais de
acalmia face às desastrosas medidas adoptadas. Não melhorou a saúde
financeira do Estado e as condições de vida dos portugueses vão de mal a
pior!
E, ao mesmo tempo que se degradam as condições de vida da
maioria dos portugueses e se antevê uma recessão económica, há quem
lucre com o agravamento da dívida pública , como é o caso da banca
portuguesa – a mesma banca que em tempo de crise beneficiou de chorudos
apoios, como foi o caso do BPN, que, depois de ter entrado em
bancarrota em consequência do desgoverno e fraudes dos seus
responsáveis, beneficiou da bondosa injecção de 5 mil milhões de euros
por parte do governo. A mesma banca nacional e europeia que pede
empréstimos ao Banco Central Europeu, a um por cento e, depois, à “
boleia da crise”, de acordo com as regras instituídas pela zona
euro, pode pedir ao BCE um financiamento que o Estado Português não
pode ter, mas os bancos têm-no - , e compram títulos a taxas
muito superiores, especulando contra o seu próprio país.
A bem da equidade e da justiça, há que pôr cobro a esta
regra da zona euro que impede que os Estados em dificuldade acedam a
empréstimos do Banco Central Europeu , permitindo que as economias mais
vulneráveis estejam sempre à mercê da especulação por parte dos
mercados financeiros.
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