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Em defesa da Paz e da Democracia, contra os Senhores da Guerra! |
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26-Nov-2010 |
Opinião
Texto de Maria da Graça M. Pinto
Serão, certamente, muitos os que participarão, amanhã (20 de Novembro), na grande manifestação unitária da Avenida da Liberdade, promovida por sindicatos, partidos e outras organizações sociais contra a Nato e pela Paz. E toda a propaganda que pretende colar a manifestação contra a Guerra e pela Paz a comportamentos antidemocráticos, não conseguirá impedir que muitos milhares de homens e mulheres afirmem a sua recusa de uma lógica belicista que provocou catástrofes humanitárias como a que se viveu na ex-Jugoslávia , a que se vive no Afeganistão, no Iraque ou na Faixa de Gaza e que tornam visível a verdadeira face da guerra . Quem beneficia com a multiplicação de intervenções militares em todo o mundo, não são os povos, mas os grandes interesses económicos e financeiros ligados à exploração de recursos como o petróleo e à indústria de armamento.
São estes interesses, que a nível mundial e nacional não conhecem
outra lógica que não seja a do lucro mesmo que este seja obtido à
custa de vidas ceifadas, que determinam a actuação da NATO.
E há sempre alegadas ameaças para justificar que as pessoas que no
seu dia a dia vivem grandes dificuldades tenham que pagar os custos de
uma guerra infinita que não entendem e que serve, apenas, os
interesses dos senhores da guerra e da sua indústria de armamento.
Aquando da constituição da NATO, após a segunda guerra mundial, era a
ameaça comunista. Esgotado esse argumento surge o da ameaça terrorista,
mas a verdade é que o Império da Guerra precisa de um braço
militar, uma máquina de força bruta com uma enorme capacidade
aniquiladora e essa máquina é a NATO.
A invasão do Afeganistão numa suposta caça aos terroristas acabou por se
transformar numa pedra no sapato dos EUA e da própria NATO. Tal como
aconteceu na guerra do Iraque, os governos dos países participantes
viram as suas opiniões públicas questionarem esta invasão. Sobretudo na
Europa, revela-se difícil, para as populações, compreender por que
razão os seus países, os seus recursos e os seus exércitos estão
envolvidos em guerras longínquas, justificadas por razões de segurança
que não entendem.
Cá, como nos restantes países europeus, cresce a contestação às
guerras do império e aumenta o número de pessoas que colocam em
causa o facto de haver sempre recursos para os senhores da guerra. Não
há crise que os afecte! Pedem-se sacrifícios ao povo português, em nome
do interesse nacional ,mas soltam-se os cordões da bolsa para servir
os desígnios belicistas.
E é contra esta lógica insana que muitos portugueses e portuguesas
exercerão um direito democrático na manifestações agendada para amanhã
, contra a NATO e pela Paz.
A 19 de Novembro em:
Emisora das Beiras
viseumais.com
obeirao.net
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