Comerciantes manifestam-se pela 1.ª vez | Participa |
02-Mar-2009 |
Os comerciantes e cidadãos que defendem a transferência da Loja do Cidadão para o centro histórico de Viseu vão efectuar uma concentração, dia 2 , no Mercado 2 de Maio. A manifestação será a primeira da história do comércio tradicional da cidade.
A iniciativa foi desencadeada pela Associação de Comerciantes e o
Movimento de Cidadãos que pretendem "levar para o terreno acções
concretas" que permitam "dar visibilidade à luta" de transferência da
infra-estrutura.
"Apelamos a todos os moradores, comerciantes e cidadãos para que, num
acto simbólico participem de uma forma activa na concentração no
Mercado 2 de Maio", refere o representante do movimento de cidadãos,
Alexandre Pinto.
A reunião está marcada para as 18h30. "É extremamente importante para o
relançamento do centro da cidade que a Loja do Cidadão venha para aqui
[centro histórico]", reforçou o presidente da Associação de
Comerciantes, Gualter Mirandez, durante a conferência de imprensa de
apresentação da manifestação.
O dirigente acredita que os comerciantes vão aderir em massa à
iniciativa. "Se numa altura destas, quando temos vindo a denunciar
tanta coisa, os comerciantes não tirarem meia hora dos seus cuidados
para se reunirem numa iniciativa como esta, não vejo mais por onde é
que os comerciantes podem mostrar a sua vontade e a sua força",
defendeu Gualter Mirandez.
A transferência da Loja do Cidadão para o centro da cidade surgiu em
2008, depois de o Movimento dos Cidadãos ter efectuado um debate
público onde vários agentes sociais apoiaram a ideia. Há cerca de três
meses, o secretário de Estado do Comércio afirmou em Viseu que o centro
histórico seria um local estratégico para a instalação da loja.
"Durante a minha intervenção na Assembleia Municipal ficou claro que
todos os partidos apoiam a transferência da infra-estrutura", reforça
Gualter Mirandez. Um dos edifícios sugeridos pela autarquia é do antigo
quartel dos Bombeiros Voluntários.
O representante do Movimento de Cidadãos reafirmou na conferência de
imprensa que "a pressão colocada no lado do grupo económico que quer
levar a loja para outra centralidade". "Deste debate pode ficar claro
onde é que está o poder. Se o poder é dos cidadãos, se a política ainda
decide alguma coisa ou se o grupo económico decide a vida de todos
nós", desafiou Alexandre Azevedo Pinto.
in Jornal do Centro ed. 363, 27 de Fevereiro de 2009
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