“ EDUCAÇÃO SEXUAL” em debate na Escola Secundária de Santa Comba Dão |
27-Abr-2008 | |
O deputado do Bloco de Esquerda (BE) José Soeiro, esteve terça-feira, dia 22 de Abril, na Escola Secundária de Santa Comba Dão, para um debate sobre Educação Sexual nas escolas. Recorde-se, que este tema, tem feito parte das reivindicações dos movimentos estudantis do ensino secundário desde há muito. O debate, muito vivo e participado, acabou por abrir espaço á discussão de uma série de assuntos relacionados: como a homossexualidade ou o machismo, os afectos, a saúde, a cidadania, etc. Cerca de uma centena de alunos e alguns professores, marcaram presença no debate, dando o seu contributo para uma aberta discussão de ideias, este decorreu num tom informal, e o deputado ia pedindo aos estudantes e professores presentes, para darem as suas opiniões e apresentarem as suas principais dúvidas. Ficou bem clara, a necessidade e urgência, de um real programa para a Educação Sexual nas escolas, a qual é nos nossos dias praticamente inexistente.José Soeiro, registou a opinião dos presentes, tendo a Escola Secundária de Santa Comba Dão sido um dos Estabelecimentos de Ensino, por onde o jovem Deputado, de 23 anos e recém licenciado em Sociologia, passou para recolher as sugestões dos estudantes sobre a introdução da Educação Sexual nas escolas, temática sobre a qual o Bloco de Esquerda está a preparar um projecto de decreto-lei para apresentar na Assembleia da República. A necessidade de implementar um programa de Educação Sexual de forma efectiva, torna-se tanto mais urgente quanto se sabe que persistem em Portugal cerca de 60 mil infectados com HIV/SIDA, sendo que os jovens são responsáveis por cerca de metade dos novos casos de infecção. Por outro lado, 18,9% dos jovens admite não ter usado preservativo na sua última relação sexual e há no nosso país, cerca de 28 mil adolescentes grávidas por ano, valor que faz de Portugal o segundo país da Europa com maior proporção de gravidez na adolescência.
Conhece-se, também, como persistem em Portugal vincadas desigualdades de género, e como o preconceito (machismo, homofobia, transfobia) marca ainda de forma profunda o dia-a-dia daqueles que têm uma orientação sexual ou uma identidade de género diferente das dominantes. |