Comício nas Termas de S. Pedro do Sul
03-Jun-2011
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Realizou-se no dia 2 de Junho um comício do Bloco de Esquerda nas Termas de S. Pedro do Sul. A sessão foi concorrida e contou com a presença de Arsénio Saraiva Martins, mandatário distrital do Bloco de Esquerda, Rui Costa, cabeça de lista do Bloco de Esquerda e Miguel Portas, Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda.

Arsénio Saraiva Martins, a propósito da comemoração do Dia Internacional da Criança, repudiou as políticas restritivas na concessão de apoios sociais, designadamente no âmbito da atribuição do abono de família e da acção social escolar. As actuais circunstâncias económicas, com uma perda generalizada do poder de compra, agravam ainda estas políticas.

Rui Costa, cabeça de lista do Bloco de Esquerda por Viseu, referiu-se ao aprofundamento do conhecimento da realidade do Distrito nestas eleições, salientando a necessidade de combate ao interiorícidio que PS, PSD e CDS levam a cabo de mãos dadas. O encerramento de serviços públicos, já efectuado e projectado no protocolo de entendimento com o FMI/CE/BCE que esses partidos subscreveram.

O portajamento da A24 e A25 foi mais um exemplo da falta de palavra do PS e do desprezo que PS, PSD e CDS têm pelo distrito. Sem alternativa viável e segura, a introdução destas portagens constitui um atentado à economia da região e ao rendimento das famílias. “PS, PSD e CDS esquecem-se que a A 24 e A 25 são usadas pelas populações para irem trabalhar, e não para irem às compras ao Domingo!”

Rui Costa referiu ainda que, num momento de crise, em que os próprios eleitores pedem contenção nos gastos de campanha, o BE cumpriu com esse objectivo de forma séria, não fazendo o que fazem outros partidos, que se afirmam poupados, mas não lhes falam canetas, bonés e sacos para distribuírem nas feiras. Criticou ainda os populares que, apesar de criticarem estes gastos, não deixam de pedir nas feiras tais brindes, numa clara contradição.

A falta de investimento no distrito e a má selecção de prioridades forma tocadas pela intervenção de Rui Costa, que referiu as graves lacunas na preservação do património cultural e o comportamento inconsistente de PS, PSD e CDS na defesa da ligação ferroviária à capital de distrito.


“As populações de Viseu estão desiludidas e desencantadas. No domingo não se podem resignar! Nós, Bloco de Esquerda também não nos resignamos...”, afirmou Rui Costa.

Por tudo isto, e porque “é importante votar nos que dizem ao que vêm, naqueles que dizem em S. Bento o mesmo que dizem no Rossio”, Rui Costa apelou à eleição de deputados do Bloco de Esquerda em Viseu, visto que é contrario o sentimento das populações com a actuação no parlamento dos deputados eleitos pelo PS, PSD e CDS.

Miguel Portas interveio criticando o facto de PS, PSD e CDS não quererem discutir os compromissos que assumiram com a troika, empobrecendo uma campanha eleitoral, já de si pobre pelo facto de estes partidos terem esvaziado o primeiro-ministro que venha a ser designado. Na verdade, qualquer solução governativa que saia destes 3 partidos terá de estar sujeita aos ditames e à fiscalização periódica da troika.

“Ninguém deve votar contra si próprio”, afirmou Miguel Portas, referindo-se aos cortes nas pensões, salários e prestações sociais, bem como na flexibilização das relações laborais que vitimarão as populações e que são apoiadas por PS, PSD e CDS no referido memorando de entendimento.
 
 
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