ARTE NOVA - um património da cidade que o BE preservará
02-Jul-2013
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Viseu é das cidades que tem menos imóveis classificados. Mesmo muitas igrejas, como a Igreja do Carmo, não estão ainda classificadas. Isso permite toda a sorte de atropelos ao património. Se ganharmos a Câmara teremos o cuidado de classificar o património de interesse municipal e pedir à Direcção Geral do Património Cultural a classificação do património de interesse público ou nacional. 

Temos vindo a assistir em Viseu a uma crescente descaracterização da Rua Dr. Luís Ferreira – Rua do Comércio – que se distingue por um conjunto de elementos arquitectónicos estilo Arte Nova, na azulejaria e no ferro forjado, do inicio do século XX (note-se os elementos vegetalistas, linhas ondulantes, volutas, ornamentos florais).

Se os viseenses nos deram o seu voto para gerirmos a Câmara, procederemos à classificação como Património de interesse municipal do Conjunto Arquitectónico de Estilo Arte Nova que se encontra concentrado principalmente na Rua Dr. Luís Ferreira, vulgo Rua do Comércio, Rua Cândido dos Reis e Rua Direita, de forma a permitir a elaboração de um Plano de Salvaguarda da Arte Nova em Viseu, para que não volte a acontecer o crime de lesa património, com a cumplicidade da autarquia viseense, que permitiu a demolição de grande parte dos edifícios construídos no início do século XX, no estilo Arte Nova, pelo menos na azulejaria que os decorava, na Rua Cândido dos Reis, onde uma das últimas demolições ocorreu em 2005. Ou como aconteceu com a substituição dos candeeiros Arte Nova, em ferro fundido, na Rua do Comércio, feita há poucos anos, apesar dos alertas de uma associação de defesa do património.

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Congratulamo-nos com a compra recente pela Câmara Municipal do edifício Arte Nova que foi sede do Orfeão de Viseu, na Rua Direita. Mas, face à ausência de ideias manifestada por Fernando Ruas na última sessão da Assembleia Municipal, sobre o uso que poderá ser dado àquele edifício, propomos que seja aberto uma consulta pública à população, para que os e as viseenses possam manifestar a sua opinião, apresentando propostas concretas, sobre qual o equipamento ou serviços que acham mais adequados para funcionar naquele espaço. Esta consulta culminaria com uma espécie de referendo à população recorrendo, por exemplo, às novas tecnologias, que decidiria qual o melhor projeto apresentado.
 Será um bom exercício de DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, de que alguns candidatos falam em época de campanha eleitoral, mas de que fogem como o diabo da cruz quando confrontados com propostas concretas, como a que o Bloco de Esquerda tem apresentado reiteradamente na Assembleia Municipal, como, entre outras, o Orçamento Participativo. 
  
A candidata do BE

Manuela Antunes