Deputada municipal do Bloco de Esquerda questiona o Presidente da Cāmara de Viseu Fernando Ruas
16-Set-2009

am_viseu.jpgNa reunião da assembleia Municipal de Viseu de 14 de Setembro de 2009, a deputada municipal do Bloco de Esquerda confrontou o presidente da Câmara Fernando Ruas com a situação de abandono e  degradação das condições de vida do Bairro Municipal, conhecido como Bairro da Cadeia.
Durante o debate, Graça Marques Pinto, acusou o executivo camarário de não ter uma intervenção séria no plano da conservação e dos espaços interiores e exteriores das habitações e a  ausência de investimento na preservação da identidade deste bairro .Foi, igualmente, referida a inexistência de uma intervenção social séria e de uma política consequente de informação/formação por parte da HABISOLVIS, empresa municipal a quem está atribuída a gestão do bairro.
A transparência na actividade municipal esteve, também na ordem do dia, sendo que a deputada municipal do BE  questionou  o presidente da Câmara sobre a existência de irregularidades no processo de contratação e nomeação  de funcionários camarários.
A falta de rigor no estabelecimento de critérios de atribuição de apoios a associações e clubes desportivos e o sucessivo adiamento na concretização aspirações dos jovens de Viseu, em matéria de desportos radicais foi outro tema de confronto.
Fernando Ruas, não gostou das interpelações da deputada do BE e reagiu com o seu habitual estilo desabrido e autocrático.
 

Mas é para isso que lá estamos caro presidente. Para questionar a política de distribuição de dinheiros públicos. Para que haja transparência nos critérios escolhidos. Para que haja mais pluralidade no debate. Para que não passem despercebidas as falcatruas que não se provam mas que por aí se falam à boca cheia. Para que sejam os melhores a ganhar os concursos públicos e não os que nos estão mais próximos. Para que as obras de fachada sejam substituídas por intervenções de fundo. Para que a política de caridade vitoriana seja substituída por uma política inclusiva e de solidariedade. Para que a democracia participativa vença os tiques autoritários de quem há muito está no poder. Para que o direito de intervenção dos cidadãos seja alargado na Assembleia Municipal. Para que o número necessário de assinaturas de modo a exercer o direito de petição seja proporcional aos habitantes. Para que Viseu deixe de ser uma bonita maçã de supermercado mas sem sabor. Para que não se desbarate dinheiro em obras desnecessárias. Para que não se abandone o centro histórico a troco de uma política assente no IMI. Para que não se acabe com o pequeno comércio a troco de empregos precários e mal pagos nas grandes superfícies. Para isto e para muito mais! Para todas as luats que julguemos necessárias e oportunas.

Para romper com o ciclo de velhas políticas e de velhos políticos que se arrastam há tempo demasiado. Para acabar com a subserviência que se instalou e que tolha o desenvolvimento sustentado. Porque se “Viseu somos todos nós” caro presidente, também somos nós do BE que fomos democraticamente eleitos. Não se exalte tanto com a democracia que ainda se asfixia. Aprenda com os erros porque só assim nos tornaremos melhores homens e mulheres!