Movimento Porta 65 fechada marca protesto para Fevereiro
11-Jan-2008
porta_65_fechada.jpgO movimento Porta 65 fechada decidiu fazer a 9 e 10 de Fevereiro um fim-de-semana de contestação nacional às novas regras de atribuição de subsídios ao arrendamento de casas por jovens. A decisão foi tomada sábado durante uma reunião em que participaram duas dezenas e meia de representantes de Lisboa e Porto.
O protesto principal será no domingo 10 de Fevereiro, com concentrações em Lisboa, Porto, Coimbra e, eventualmente, noutras cidades.
Até essa data, vão realizar-se acções preparatórias e de divulgação da iniciativa.
O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), revelou que na primeira fase de candidaturas do Porta 65 Jovem apresentaram-se 3.561 jovens, dos quais 1.995 isolados, 1.472 casais e 94 que vivem em sistema de co-habitação.

O resultado das candidaturas fica muito aquém do esperado pelo governo, cerca de um sexto da expectativa apresentada publicamente. E a grande inovação do novo regime, a possibilidade de coabitação entre várias pessoas, só atraiu 94 candidatos. Cerca de metade das candidaturas já estavam abrangidas pelo sistema anterior, o Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ).
A mudança para o novo sistema Porta 65 foi alvo de críticas por parte da oposição, sobretudo pelo facto de o valor, fixado pelo governo, das casas a arrendar pelos jovens subsidiados estar muito abaixo dos preços do mercado imobiliário.

Por exemplo, na Grande Lisboa, para receber apoio, o jovem só pode alugar um T0 ou T1 se o valor máximo for 340 euros, enquanto para os apartamentos T4 ou T5 são admitidas rendas máximas de 680 euros. Este cálculo é ainda combinado com o rendimento do candidato ao subsídio, sendo muitos os casos em que, na opinião do governo, o jovem não ganha o suficiente para arrendar casa com apoio do Estado.